Goiás
pratica “excludente de ilicitude”?
A Secretaria de Segurança Pública de
Goiás não abre seu site de "transparência" - ao contrário das demais
26 Unidades Federativas. Mas os noticiários sempre nos trazem pelo menos duas
mortes cometidas pela PM em confrontos, nos quais os militares são recebidos
(sempre) a tiros. Estranhamente, nenhum policial se fere nesses confrontos,
nenhum caso é levado a investigações (se não é assim, porque a transparência
continua opaca?) e alguns, mesmo com citações por atitudes
"complicadas" (ante a lei), são até promovidos por atos de bravura.
Parece até que o governo de Goiás instituiu e pratica, à revelia do Executivo e do
Judiciário, aquele procedimento que o ex-juiz Moro – agora ministro dessa
confusão que é a segurança pública no país – chama de "excludente de
ilicitude".
Mas a morte de dois irmãos, em
"confronto" (a família nega com veemência) com a PM, em Trindade,
ontem (6 de janeiro de 2020), está sob investigação pela Polícia Civil e a OAB
de Goiás acompanha as investigações.
Não consigo compreender o silêncio do
Ministério Púbico. Parece conivente com esses "casos omissos".
Para se entender melhor este caso, veja:
* * * * *
Luiz de Aquino é jornalista e escritor, membro da Academia Goiana de Letras.
Um comentário:
A conversa é sempre a mesma:confronto. Mesmo se o executado tiver caído de bruços, tentando desesperadamente fugir.
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