De vinho e sol
Altiva e serena, a mulher
levita, não anda; e veio a mim
como o sol que beija manhãs.
levita, não anda; e veio a mim
como o sol que beija manhãs.
O sol, a construir o dia
opera milagres de cor
e amadurece o futuro.
A mulher altiva
falou-me de coisa simples
e felizes. E sorrimos.
Ao sorrir, era outra vez
o sol a corar areias de mar.
E vestia vinho.
Olhei-a tímido, sonhador,
ânsia de beijo que não veio.
Antevejo o sonho.
Amanheceu e o sol
levou de mim a mulher de encanto.
Triste, eu, na manhã, insone e só.
* * * * * *
Luiz de Aquino, poeta e prosador, da Academia Goiana de Letras.
6 comentários:
Como sempre, seus poemas são belos, me fazem sonhar...
Viajar...
Imaginar.
Muito bem construídas as imagens da mulher iluminada pelo sol e pelas cores do vinho, algo assim etéreo e eterno como os sonhos de amor.
Beleza. O Vinho, menos que a mulher, deixa a gente, como diria Drummond, embriagado feito o diabo.
Vale viver os sonhos dos seus poemas românticos.. Lindo DE VINHO E SOL! A arte existe para que a realidade muitas vezes não nos oprima. Parabéns Luiz amigo.
Lindo e romântico poema!
Amei!
Mas viveu o sonho, produziu poesia, e isso ninguém lhe tira.
Postar um comentário