Ilustração: Rosângela Imolesi |
Ondas curtas
Alva tez à luz
e olhos — luzes firmes,
janelas amendoadas —
sensível força. Me atrai,
insiste e esvai-se
implodindo em mim.
Como pode a
luz
sustentar
tanta beleza?
E ri, discreta, ante o espanto e desejo
de vate inútil e só.
O que dizer
desses cabelos
em frequência de ondas curtas?
7 comentários:
Que coisa bonita! Gosto desse seu encantamento com a mulher, mesmo em ondas curtas.
Que poema forte e tão doce! É puro deleite e um mergulho na essência do poeta que contempla e vive. Lindo!
Como pode tão pequeno poema conter tanta luz e beleza? Parabéns, poeta!
Lindo!
Muito bom poema, Luiz de Aquino, você tem a verve do poeta romântico por excelência, que trata com fineza o seu transbordamento amoroso. Abraços.
Esses cabelos. depois do poema, já estão em FM...
Cabelo em ondas curtas é bem original! E são os nossos cabelos! E das nossas musas!
Marca da raça! Rsrs👏👏
Olhos janelas, cabelos anelados e a pergunta, originalissima:como a luz sustenta tamanha beleza? Sem luz não há imagem. E Deus disse: faça-se a luz. E poderia ter acrescentado: faça-se a beleza!
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