Quando amo
É meu este defeito
de me dar inteiro. Quando amo,
digo tudo (o que me passa)
ao ouvido da Amada: digo em forma
de poesia minha dor, minha alegria,
fatos simples e banais,
feito a pura fantasia
das crianças, dos quintais.
Penso nela (quando amo) o dia inteiro,
vejo flores e vitrinas, lingeries,
absorventes, analgésicos,
cosméticos. Lembro dela o tempo todo,
sonho estrelas e carinhos, mãos roçantes,
beijos longos, pés ingênuos se tocando.
Quando amo
dou-me tanto
que espanto
a minha Amada.
5 comentários:
Belo poema!
Maravilhoso. Nós identificamos em cada verso do poema que mostra toda a nossa submissão diante do amor.
Que poema lindérrimo! Parabéns!
Só não falou do ciúme. Quando amamos o banal toma porte de grande acontecimento. Amo amar, especialmente quando me apaixono. Um encontro entre apaixonados libera energia como um pequeno Big Bang.
Também sou assim, quando amo me dou por completa!
Te entendo perfeitamente, meu amigo e primo.
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