Trivial
Cheiro bom de carne
fumegante,
tempero, alho e sal
e o vinho tinto.
Ross, 1990 |
Cheiro bom da fêmea
instigante,
a lua, a nuvem, a luz
e o absinto.
Cheiro bom de cama,
ofegante
espera, o frio, o sol
e o quanto sinto.
Ross, 1990 |
Noites, jantares, lugares
lúcido ocultar-se
(quem me dera!), paixões
nascentes puras.
Não há mistérios, tudo é claro
e inaceito. Só as luzes,
os licores, tudo em cores.
Quotidiano a construir ternura.
* * * * * *
Luiz de Aquino, poeta e prosador, da Academia Goiana de Letras.
2 comentários:
Os seus versos transformam o cotidiano em festa de erotismo, odores, sabores, cores, humores (psicologicos e líquidos corporais) e amores. Viva e reviva a poesia! A sua poesia!
Lindo isso de "quotidiano a construir ternura" , é tudo que os amantes almejam. Bonito seu poem.
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