Acadêmicos
de Pirenópolis
Era uma vez, mas
asseguro-lhes que não é fantasia, nem ficção. Era uma vez, nos primeiros meses
de 1994, tempo feliz em que, entre nós, agiam – e eram muito ativos – notáveis
como Maria Eunice Pereira e Pina, Wilno Pompeu de Pina e seu irmão Cristóvão
Pompeu (o popular Pompeu, famoso por sua incansável atuação em defesa das artes
e do folclore da cidade), Arnaldo Setti e outras pessoas especiais, como
Nazian, Isócrates de Oliveira, José Sisenando Jayme, o casal Ita e Alaor
Siqueira, José Mendonça Teles, Natália Siqueira... Ah, éramos muitos, mais de
vinte, imbuídos numa tarefa advinda de um sonho: criar em Pirenópolis uma
Academia.
A 16 de abril
daquele ano, numa noite de muita alegria e música, festejamos, no restaurante
do Hotel Quinta Santa Bárbara, o início de nossas atividades, cada qual já de
posse de sua cadeira numerada (em algarismos romanos) e com seu respectivo
patrono. A mim, coube-me por patrono, inevitavelmente, o maestro Luiz de Aquino
Alves, meu avô paterno.
Faltava a posse,
que se deu com outra festa, em meses do finalzinho do ano. Lamentavelmente, os
professores Joaquim Gomes Filho e José Sizenando Jayme já não estavam mais
entre nós (faleceram em intervalo de 12 horas, respectivamente, às 23h30min de
3 de outubro e 7h30min de 4 de outubro). Quando começamos, éramos 28 membros
efetivos da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música. Nestes 22 anos,
muitos faleceram e poucos foram empossados. Num trabalho dedicado, o presidente
atual, escritor Adriano Curado, cuidou de ocupar as Cadeiras vazias e, neste
novembro de 2016, contamos com 38 membros empossados, ou seja, há duas vagas a
serem ainda ocupadas, o que se dará sob a publicação de edital, aceitação de
candidaturas, votação em Assembleia Extraordinária e a subsequente posse.
Um feito
brilhante, sob a liderança de Adriano Curado, sem dúvida, com a valiosa
colaboração da diretoria, com ênfase para a acadêmica Aline Santana Lobo,
diretora-secretária. Como é da tradição local – e não seria diferente em sua
Academia de Letras, Artes e Música – à posse solene (com entrega do Diploma
Acadêmico), seguiu-se um belíssimo sarau musical, com acadêmicos antigos e
novos, acompanhados de grupos musicais da cidade, apresentando-se com o vigor
que marca a vida cultural pirenopolina.
Os novos imortais
da tradicional Meia Ponte / Pirenópolis, empossados em duas ocasiões a seguir,
são (com suas Cadeiras e Patronos):
Posse em 27/08/2016 - João Guilherme da
Trindade Curado - Cadeira XXXVII Patrono: Joaquim Pereira Valle; Laurita
Vitoriano da Veiga - Cadeira XL Patrono: Marlene Fleury; Nilson Gomes Jaime - Cadeira
IX Patrono: Silvino Odorico de Siqueira; Ramir Curado - Cadeira XXII Patrono: José
Luiz de Campos Curado; Sérgio Pompêo de Pina - Cadeira XXXIX Patrono: Cloves
Roberto Gomes.
Posse em 19/11/2016 - Celina de Pina
Fleury - Cadeira XXVIII Patrono: Joaquim Xavier Curado; Débora de Sá - Cadeira
XXXV Patrono: Sebastião Pereira; Demétrio Pompeu de Pina - Cadeira XI Patrono:
Sebastião Pompêo de Pina; Jerônimo Romerito Ribeiro Forzani - Cadeira V Patrono:
Antônio da Costa Nascimento; Ronypeterson Morais Miranda - Cadeira XXIX Patrono:
Agesilau de Siqueira; Telma Lopes Machado - Cadeira XIII Patrono: Antônio José de
Sá; Thaís Valle Brito Curado - Cadeira XXXVIII Patrono: José Abadia de Pina; Waldetes
Aparecida Rezende - Cadeira XVIII Patrono: José Assuero de Siqueira.
E agora, a casa
cheia como era o propósito, com uma excelente troupe de escritores de vários gêneros, artistas plásticos e
artesãos, e ainda musicistas de vários instrumentos e ilimitada inspiração, os
ânimos e a autoestima encontram-se elevados. Estamos prontos para oferecer à
cidade o préstimo das nossas artes.
*****
Luiz de Aquino é
escritor, membro da AGL e da APLAM, dentre outras academias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário