Sir Francis Bacon,
diz: "Os jovens estão mais aptos a inventar que a julgar; mais aptos a
executar que a aconselhar; mais aptos a tomar a iniciativa que a gerir".
Vendo a defesa do
vereador Rafael Moraes, de Caldas Novas, pelo Assessor de Comunicação da
prefeitura, na tentativa de desmerecer o escritor, jornalista e professor Luiz
de Aquino Alves Neto, publicada na coluna Opinião, na última sexta-feira, 20,
vejo que, em certas circunstâncias, o melhor a fazer é retroagir e corrigir
nossas inevitáveis falhas. Quem não atrapalha já ajuda muito!
Todos têm o direito
de expor seus pensamentos, mas precisamos, primeiro, ter uma noção mínima do
que estamos falando ou fazendo. Nem sempre conseguimos administrar bem as
nossas palavras e ações.
Tenho por Luiz de
Aquino muita admiração e respeito. Trata-se de uma pessoa de personalidade
forte, porém, de uma sensibilidade ímpar. Esta qualidade pode ser vista em seus
inúmeros livros, artigos, palestras e na sua predisposição em colaborar e
apoiar incondicionalmente a cultura de nosso Estado. Sua biografia e suas ações
falam por si.
Não conheço o jovem
vereador Rafael Moraes nem o Secretário de Comunicação da prefeitura de Caldas
Novas, João Paulo Teixeira. Não é minha intenção desmerecê-los nem os julgar.
Desejo a ambos muita predisposição ao trabalho e seriedade na conduta de suas
funções, começando no respeito que é aconselhável a todos. Esta rusga com Luiz
de Aquino não os levará a nada.
Precisamos saber
respeitar e apoiar as pouquíssimas e raras pessoas que entregam sua vida em
prol da cultura no Estado de Goiás. Luiz de Aquino, que teve posição de grande
respeitabilidade no antigo Banco do Estado de Goiás (BEG), poderia ter se
aposentado em cargo alto, mas nunca foi adepto às exigências políticas
necessárias, à época, e nem às de hoje; optou pelo caminho da literatura e
continua a ser um defensor das artes. A literatura é o Norte de sua vida.
Se existem os que não
gostam dele, basta procurar os motivos: garanto-lhes que não verão questões
pessoais, mas algum assunto relacionado ao meio cultural. Ele é um amigo fiel e
um ser humano de qualidades que faltam a muitos, que são a honestidade em seus
atos, a credulidade em suas razões e jamais a subserviência a terceiros por
interesses de cargos ou mandatos.
Quanto à
administração de Magal, não quero discutir seus feitos e desfeitos, méritos e
deméritos; desejo-lhe boa sorte e pleno sucesso, abraçando carinhosamente todos
os caldas-novenses. Minha opinião aqui é tão somente para expor minha
indignação, que julgo desrespeitosa e indelicada, a quem tenho profundo
respeito: Luiz de Aquino Alves Neto.
Se Aquino mexeu num
vespeiro, pode estar certo que não lhe faltarão pessoas para protegê-lo e se
aliar a ele contra as ferroadas de afoitos marimbondos. Estes devem, sim,
proteger sua colmeia, mas tomar cuidado com as ferroadas, pois como nos insetos
que se tornam suicidas, deixarão parte de seu corpo, que neste caso, podemos
chamar de indelicadeza desnecessária.
Firmeza, fortaleza e
selvageria, há de se lembrar que para se sobressair, necessita de capacidade
para tal. Existem muitas formas para evidenciar suas capacidades intelectuais,
que percebo que neste caso, evidencia somente a obscuridade de uma admoestação
desnecessária por parte do vereador e secretário.
Boteco do Luiz de Aquino
Ele é singelo, porém, repleto de ternura, afeto, amizade, boa prosa,
muita música, literatura e arte.
Cardápio variado: Iniciando com bons petiscos de poesia, acompanhado, é
claro, de uma boa cachaça artesanal de Caldas Novas ou, se preferirem, servem
uma muito boa de Pirenópolis.
Atendimento personalizado. Cerveja geladíssima. Boa carta de vinhos.
Destilados de ótima qualidade. Tudo de boa procedência.
O que mais me encanta e canta neste boteco é a boa música goiana,
frequentado pela nata dos cantores da terra do pequi. Aliás, poucos são os que
conseguem agrupar tanta gente boa.
Neste aprazível local reina a paz e a harmonia, pois seu proprietário é
gente boníssima, que possui lastros de amizade em todo o Estado de Goiás. Traz
consigo um pouco do espírito carioca, pois na adolescência, foi aluno do
tradicional colégio Pedro II, não deixando de existir, portanto, o bom e
tradicional samba.
Na parede, várias charges de cartunistas goianos, amigos do
proprietário. Retratam fases de sua vida, todas elas repletas de grandes
histórias.
Do lado de fora, em frondoso pequizeiro, que acolhe a morada de abelhas
Arapuã, também conhecidas como Abelha-Cachorro, Abelha-Irapuá, Arapica, Arapu,
Arapuá, Aripuá, Axupé, Caapuã, Cabapuã, Enrola-Cabelo, Guaxupé,
Mel-de-Cachorro, Torce-Cabelo, Cupira, e Urapuca. Não gosto desse inseto.
Elas atacam outras abelhas, a Arapuã destrói os botões florais de
algumas plantas. Para fazer seu ninho, utiliza as fibras de vegetais, atacando
as flores e as folhas novas e até a casca do tronco da planta, para retirar
resina.
Quando as plantas estão em flor, o prejuízo é ainda maior, pois a Irapuã
faz um orifício nos botões florais, prejudicando a frutificação. O crescimento
das plantas também é retardado devido ao ataque destas abelhas. Além dos citros
a Irapuã ataca bananeiras, jabuticabeiras, jaqueiras, mangueiras - e até mesmo
insistem em partir para cima de alguns escritores.
Existem “vespeiros” realmente indesejáveis, que não nos fariam nenhuma
falta. Mas temos que suportar e conviver com certos tipos de insetos, mesmo que
tentem nos incomodar.
Não será este ninho que conseguirá tirar o brilho deste boteco, tão bem
comandado pelo amigo Luiz de Aquino.
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