Nada se perde
A flor que murcha no chão
e seca e se funde e, perpétua,
fecunda o solo e floresce.
A água que some, evapora,
infiltra-se ou se faz consumida,
retorna líquida nas fontes,
nos caudais e nas nuvens,
retornando em chuva
que rega plantas, encharca o solo,
sacia raízes e surge outra vez
em flores de viço e cores
para em breve, caídas,
virarem pó que bebe gotas
de chuva, sereno, orvalho...
7 comentários:
O ciclo hidrológico
O ciclo do carbono
O ciclo de energia
O ciclo da vida.
Seu poema é uma tradução poética da 1a. Lei da termodinâmica.
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O seu dom de de escrever e os ciclos das plantas, onde "nada se perde" são dádivas do Criador.
Estou apreciando esta sua outra forma de comunicar bonitezas poéticas, enfeitando o mundo árido desse momento (meses) que vivemos. Viva sua poesia!
Nessa ode,o menestrel desnuda o pranto da terra mutilada pelo homem,num clamor pungente. Mas a natureza se agita na recomposição da vida e o homem se recolhe a sua pequenez diante desse espetáculo.
Tem razão, poeta. Tudo é cíclico, tudo. Belo poema.
Wagner de Barros disse...
Belos versos de exaltação dos bens da natureza! Justo no momento em que se destrói a flora tropical e o manto verde que nos abriga e alimenta para sustentar a ganância argentária!
WB
Belo tema, e versos bem soados entre ritmos e rimas. Aceite os parabéns desta discípula. 👏👏👏
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