Arte de Pádua, 1983 |
Nós, Poetas!
Repositórios de
insultos
e estímulos, ou de que mais apelidem
clamores de ouvintes,
de poetas,
de leitores.
Adormecemos em nós imagens novas,
palavras velhas,
excitações momentâneas, pedras
de se edificar o tempo
até porque o tempo
semente de suaves copas,
frondes grávidas de ternas sombras.
Somos seiva de
fartas florestas,
pastos de estelares insetos,
fontes de dessendentar noctívagos.
Poetas somos alma
eterna
e corpo vívido de encantar sereias,
domar demônios,
amansar angélicos fantasmas
de nossas não menos etéreas
fantasias do quotidiano.
(Talvez desvios das certezas falsas,
de condutas ditas certas.
Apesar dos dias).
7 comentários:
Excelente! As fantasias do cotidiano do poeta serão sempre a de se superar a cada poema. Parabéns!
Excepcional o poema de hoje porque traz em seu belo texto uma homenagem a todos os poetas. Parabéns pela sua belíssima arte, Luiz.
Condutas ditas certas, talvez feitas erradas, cheias de sombras e defeitos. Eis a poesia, a mágica que consegue encantar a vida mesmo com suas marcas e horrores.
Muito lindo amei
Dificilmente, encontramos num só poema, efeitos estilísticos tão bem empregados como os que se tem em NÓS POETAS. Você, realmente, é um encantador de versos.
A alma do poeta é livre, soberana. Caminha sem entraves. Não conhece trancas. Domina coisas e espíritos. Ousa e atreve.
Salve a poesia!
Postar um comentário