Ilustr.: Roos, 1990, e Internet
Poema de lembrar lembranças
Volvo ao
ventre: feto.
Venho à luz, fito fatos,
faço foco — imagens difusas,
turvos vultos na memória.
Fotografia encardida, sépia esmaecida.
Lembro cores e sons,
passos pequenos
de mulher descalça.
Caldas
Novas: teu seio
inteiro em minha mão inteira,
mamilo intumescido nos meus lábios...
— Lembra o hímen sob espuma,
banheira de hidromassagem.
E o prazer de se fazer mulher!
...
passos miúdas na calçada,
noite cúmplice!
Ligo o rádio toca Beatles,
Jovem-Guarda, Rolling Stones...
Toca Elis e Wanderléia,
Rock’n Roll, Iê-iê-iê...
Let’s twist again!
Quem diria?!
5 comentários:
Reminiscências...quem não as tem? Que segredos não esconde o nosso passado, só perturbado por nossas lembranças.
Lembrar lembranças com Aquino e Roos, em poesia sépia de gravura asséptica.
Tim Tim!
Belo poema primo!
Parabéns, profunda sua poesia 👏👏
Belos versos para embalar lembranças!
Bravo!
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