Chapéu *
Era
escuro e fazia vento
enquanto o beijo
(eu amava).
A
esplanada tem píncaros
e grotas; artificiais
(faltava luz).
E
ventava, era escuro e eu;
benfazejo
de tanto beijo.
Úmidos
e quentes,
e ainda doces, os beijos
(vestiam renda e branco).
O
vento levou meu chapéu
claro e novo.
Era fundo o escuro…
Pedi
beijos mais;
voltei a sonhar e fui feliz
E o chapéu? Ah, era noite!
Luiz de Aquino, poeta.
(*) Poema pensado num papo
com Carlos Brandão
7 comentários:
Que lindo❤️ ( Eu , sem beijos , voltei a sonhar e ... estou feliz !!! ) ... me desculpe pela apropriação...
Que sonho gostoso! E o chapéu... Excelente!
As lembranças de paixões vividas renovam a chama que nos arde no peito a dizer que o coração está em casa.
E o chapeu voou...despertai!
Beijos assim, inesperados ou
sonhados. Maravilha! mesmo que o chapéu claro, voe para o escuro! Parabéns!
Vento, chapéu, claro escuro. Belos versos, na medida certa, cirúrgicos.
Muito bonito o poema. O chapéu se viu sobrando e saiu voando ao sabor do vento.
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