Falando das coisas
Falar
das cores,
das dores, das flores.
Conclamar
luas, serenatas, ruas,
lágrimas tuas,
tuas pernas nuas.
falar das tardes secretas,
encontros clandestinos,
cupidos e setas.
Talvez eu falasse
do café da manhã, do sol
e do preço do álcool, do custo
das coisas no supermercado, sinal
fechado, mendigos, estacionamentos,
do preço do dólar, do cheiro
das ruas e do cheiro
do teu perfume entre os lençóis.
O que tem pro almoço,
o que trago da rua,
o que faço da grana
que não sobrou?
Quem
sabe se à noite
a gente se esvai
e sai por aí, sem rumo,
sem fumo, sem vela, sem tela,
sem tempo pra casa?
Que
pena! Não sei,
eu juro!,
não sei falar do cotidiano.
Só
aprendi a falar de amor.
13 comentários:
O que dizer quando a alma vazia sem rumo buscando segredos do coração. É melhor falar par a que só o sentir se expresse com força ou lânguidos. Com ternura.
E aprendeu falar do amor da maneira mais intensa que já li entre nós, parabéns, vc está cada vez melhor...
Você sabe falar de amor como ninguém. Cada poema reserva uma surpresa nesse seu jeito de arrematar um momento real ou apenas um sonho. Belo!
Eu poeta sou tudo isso....estou assim....
Falar de amor em tempos de dor, mais que conjugar verbos é alimentar a vida com cores, sabores, apesar dos dissabores.
Em tempos monossilábicos, ricos são os poetas que nutrem de versos a alma.
Se cuida Minha Eterna Primavera, o outono vai passar.
Saudades.
Este poema tem um rítmo encantador. Daria para dançá-lo. Verdadeira música. Parabéns, Poeta!
Sabe, sim, falar de todas as coisas cotidianas, pois vida é amor.
Espetacular o poema!
Você sabe falar de tudo e mais ainda do “Amor”.
Muito bom seu poema Luiz, carregado de rimas ricas, de metáforas, libidinosas sensibilidade, parabéns!
Poeta, você sabe falar de amor. É isto.
Parabéns, seus poemas são ótimos!!!
Falar do amor é falar de tudo isso também.
Você sabe falar de amor. Seu poema tem ritmo. É muito bom.
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