Única...
Não lhe deixei minhas mãos
de calor e carícias,
eu as trouxe, sim. Mas ficaram as marcas
dos meus dedos em seu corpo
e os gestos de amor em sua lembrança,
por isso me cobra a distância.
Não lhe deixei gravadas
as falas de amor e aconchego
mas ecoam elas em sua lembrança
como eu quis, como sonhei
e como é.
Não lhe deixei um adeus.
Eu trouxe comigo o tempo
que foi nosso e intenso
porque me cabe voltar e refazer
em segredo e completo
o amor que descobrimos.
Agora, somos unos.
* * *
Poeta Luiz de Aquino
7 comentários:
Que belo poema! Fez-me lembrar do seu professor no Pedro II, JG de Araújo Jorge.
Etttahhh poeta maravilhoso!
Sorte minha ter poemas de mão cheia para ler e contemplar, emanada de puro deleite e delícia. Na temática erótica e amorosa, você nada do Brasil à África e ainda volta cheio de novidades. Cada vez é uma vez única e não repetível. No verso é assim que você faz. Em cada braçada um jeito de ver o sentimento e a carne. Acho que eu já lhe disse isso.
Lindo poema coisas assim tão perfeitas lindo de se ler de ouvir..Lindo demais!!!❤️
Depois das carícias, das falas de amor, depois do tempo, depois de tudo, fica o belo poema a nos dizer do amor que nunca vai, do amor que fica
Ah, o amor!
Como não vivê-lo na sua plenitude sem se importar com o tempo ou com o quê. Importa, sim, atirar de corpo e alma nessa busca pela felicidade plena e o prazer real.
Viva o amor!
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