José Maria, o Kapitão: bancário há meio século! |
José
Maria Santos Leal:
50 anos de vida bancária
50 anos de vida bancária
Eu presenciei seus
primeiros passos no ofício!
Naqueles anos
finais da década de 1960, no Banco do Estado de Goiás, eram “velhos” os colegas
acima de 30 anos, muitos deles já com inacreditáveis dez anos de casa. Na
média, erámos perto de 30 bancários na Agência Praça Cívica. E éramos felizes –
e sabíamos – por nossa juventude, nossos sonhos de futuro e um estranho e
oportuno espírito de equipe que nos marcava como o melhor grupo jamais montado
no BEG até então. E essa tônica era contagiante: todos os que ali chegavam eram
acolhidos com alegria e companheirismo, o que resultava em fortalecimento da
equipe e na formação de novos bons bancários.
Era 1968 ou 69
quando o José Maria Santos Leal – um garotão de 18 anos – chegou para
incorporar-se ao time. Como era de praxe, o adventício logo, logo
identificou-se como “um de nós” e cuidou, como todos, de bem assimilar o
trabalho, aprendendo o passo-a-passo e o rigor das conferências e
procedimentos, defendendo com galhardia nosso posto de “os melhores do BEG”.
Demorou-se pouco
conosco. Em poucos anos, mostrou-se um profissional bem preparado e competente.
Carregado de uma brancura justificada pelas invasões francesas lá por seus
rincões maranhenses, fazia ecoar aquele sotaque típico, compartilhado com o
também maranhense José Raimundo – este “goianizado” há mais tempo, pois já
estava em Goiânia desde o final dos anos 1950. Logo, logo o Zémaria – só o
chamávamos assim, abreviando o José e incorporando “Maria” numa só palavra –
prestaria concurso para a Caixa Econômica Federal.
No nosso penúltimo
encontro, numa agência da CEF na Rua 7 (Centro de Goiânia), ele me contou que
já beirava os 40 anos de vida bancária e não pensava em aposentar-se. Há poucos
dias, Zémaria me telefonou para contar como quem cobra: “Luiz de Aquino, está
quase pronto o meu livro e você tem que escrever também, meu amigo! Você é
testemunha da minha passagem pelo BEG da Praça Cívica”.
Pus os olhos p’ra
dentro do crânio e fucei os arquivos da memória. Sorri prazeroso ao recordar
coisas do Zémaria – o Kapitão da CEF – e achei mesmo muito dele essa teimosia
de permanecer bancário por quase 50 anos! Certamente, só se aposentará quando a
empresa o expulsar, por força de Lei. Mas, sem dúvida, terá vivido feliz, tal
como o conhecemos nos ambientes do nosso trabalho bancário.
Um comentário:
Seguindo o sistema antigo de um só casamento, a mesma casa, poucos carros, e uma mesma empresa e profissão... suponho. Parabéns ao seu colega pela estabilidade e conservadorismo. Tenho um amigo que já se casou 6 vezes e outro que fez cinco faculdades. Cada época com seus costumes.
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