Inconsciente
Olha,
fugir desta chuva
é buscar incertezas.
Fugir deste olhar
que criei pra você
é perder-se demais.
Momentos nossos,
surgidos do íntimo de nós dois
são pedras estranhas
em meio ao cascalho
quase inútil.
Existir outro alguém
é mero acidente.
Meus braços, cheios de abraços,
estavam aqui, sob a chuva e o sol
e a frieza dos dias só se quebrava
ao calor de meus olhos
à busca dos seus.
Agora,
quando você se perder
entre outros braços, quando
o sumo de um falo estranho
espumar em seus lábios,
cuidado!
Pode ser que aconteça
de meu nome surgir
num esgar de orgasmo,
gerando conflitos
desagradáveis
3 comentários:
Lindo poema !! Próprio do seu poetar!
Sempre um ebrio de poesia. Parabens, Luiz!
Seu poema Inconsciente traz o deleite amoroso e o desejo do lapso, bem na hora do arremate final.
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