O amor, bolas!
Amores são assim:
comuns, mágicos, diferentes,
depende de como chegam
ou se anunciam.
Amores novos, os de primeira vista.
Amor de tédio, os de conveniência
de política ou patrimônio.
Rejeito amor de arranjo:
gosto mesmo é da surpresa do olhar,
do susto que me dá
um toque imprevisível
e não recuso o amor
da mulher comprometida.
Gosto do risco de vida
e do prazer da amada
que não se sente amada
na transa banal do quotidiano
em alcova trivial.
Gosto mesmo é do amor de surpresa.
Esse amor que chega sem aviso e,
súbito, esvai-se e vai-se
sem dizer adeus.
Gosto mesmo é do amor
que não me espera chegar,
não pede o da feira
e não reclama das crianças
que nunca vieram.
Amor só presta
quando se acaba depressa.
* * *
Poeta Luiz de Aquino, da Academia Goiana de Letras.
6 comentários:
Se demorar perde a graça, acaba o enlevo e amor desmancha no espaço.
Amor de poeta e assim mesmo, Luiz.
O amor só presta
quando se acaba depressa.
Você é terrível! Loucamente lírico e cruel!
Que cabeça fantástica, i
Impressionante a sua imaginação.
Descreveu os tipos de amor com detalhes...
A melhor, a quarta estrofe.
Gostei muito desse poema , da sua criatividade, mas amor de verdade tem que durar.
Esse amor faz cócegas poeta.
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