Último poema para M. A.
Não me
amarga a boca,
eu tive o teu beijo.
Difícil é conter o amargo nos olhos,
a dor na lua cheia.
Tive o
teu beijo. Andei muitas léguas
no ziguezague dos bares
— Há vida nos bares da vida,
vida pouca em tantos bares!
Não me
dói, nada me dói.
Nada bebo. Dos garçonsdesperto a ira:
— Nada?
— Cicuta! On the rocks!
* * *
6 comentários:
Uma ode aos amores boêmios que nascem e desaparecem nas doses de dor e de amor. Sensações que escapam das almas poéticas.
O amargo nos olhos, nos bares da vida, a ira dos garçons, eita vida boa. 👏👏
Os amores boêmios, que vêm e
Se vāo como vieram :do NADA.
Para a insuportável dor de amor, ainda que o discurso diga que a aguentará dignamente, o tormento só cessará com a morte: uma cicuta por favor! Apenas morrendo, a dor cessará.
Poeta é quem surpreende a gente, assim de repente em uma paisagem imóvel. Perfeito, Luiz; perfeito. Estou eu, aqui, impactada.
Poeta é quem surpreende a gente, assim de repente em uma paisagem imóvel. Perfeito, Luiz; perfeito. Estou eu, aqui, impactada.
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