Trago a
noite
que tem
pele escura e lembra a mulher primeira:
negra e
noturna,
carinho
e tolerância ante a ânsia
do
menino obscuro, virgem e obtuso
para o
sexo, para o amor, para a fêmea.
Bebo a
noite
(e à
noite) porque me encontro perplexo
ante os
mistérios que a luz ofusca
e há
sombras nas curvas e rugas
da pele
moça, negra e balsâmica,
no
cheiro doce do afago espontâneo
que
reage aos meus gestos e me instiga.
Brindo à
mulher negra
e meu
chope é tua pele.
* * *
Luiz de Aquino, poeta, da Academia Goiana de Letras.
3 comentários:
Exuberante.
Parabéns e axé também. Lindo como sempre ��
Você me faz lembrar de coisas que vezes quero deixar guardado no fundo do coração... E vem você, traz à tona todos. Lindo de viver!
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