Que nome
hei de dar à saudade, Anamélia?
O teu, talvez, sempre lembrado por tudo o
[que me falta
e é querido, por tudo o que sonhado não se
[fez real.
O que fazer da saudade, Anamélia?,
senão deixar que me torture mais e sempre,
como uma pedra no sapato
ou esta dor sempre presente,
lenta e persistente, a habitar
indiscreta
um cantinho estimado em meu ventrículo
[esquerdo.
No íntimo e na morada
do mais puro sentir, o aconchego
da imagem que seria nossa:
aberçada em meu peito
não eras mais que úberes e nádegas,
saliências indispensáveis
a acalentar meus sonhos
de sonhar contigo.
*&*
Luiz de Aquino, poeta, da Academia Goiana de Letras.
2 comentários:
O entristcimento da pandemia me deixa sensível e vou às lagrimas com qualquer menção de abandono e solidão.
Vivaaahhh poeta muito belo!
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