Pág. 79 de meu livro De mãos dadas com a Lua, 1984.
Madrugada derradeira
O sino
que canta,
a garrafa que cai,
o corpo que dança
e a noite se esvai.
Na rua
não cabe
a angústia dos dias.
Os passos são fracos,
não há mais destino.
Por mais
que se espere
não haverá desta vez
uma luz no final
da madrugada.
Ilustração: Dinéia Dutra, 1984. |
* * * * * *
Luiz de Aquino, autor de prosa e poesia. Da Academia Goiana de Letras.
7 comentários:
Excelente lembrança do poema e da grande artista saudosa ❤️❤️❤️
Sou tão suspeita pra comentar. Amo seus poemas tio. Perfeito ♥️♥️♥️♥️
Extremamente atual para os dias de hoje... 👏🏻👏🏻👏🏻
excelente ilustração de Dineia Dutra que expressa a angústia dos boêmios a procurar uma "luz no final da madrugada". Bonito demais seu poema!
Poeta as mensagens na imagem e nas poética são perfeitas,
Li e reli as linhas os traços...
Que tristeza! Um amor se foi? Diante da pior tragédia se diz: amanhã será outro dia. Não, não amanhecerá. A desesperança é o que pode haver de pior. Sem luz!
Luiz, que primor de poema!
Você tem poesia nas veias!
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