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domingo, outubro 11, 2020

MADRUGADA DERRADEIRA

Pág. 79 de meu livro De mãos dadas com a Lua, 1984.


Madrugada derradeira


 

O sino que canta,
a garrafa que cai,
o corpo que dança
e a noite se esvai.

 

Na rua não cabe
a angústia dos dias.
Os passos são fracos,
não há mais destino.

 

Por mais que se espere
não haverá desta vez
uma luz no final
da madrugada.

Ilustração: Dinéia Dutra, 1984.


* * * * * *


Luiz de Aquino, autor de prosa e poesia. Da Academia Goiana de Letras. 


7 comentários:

Bento Fleury disse...

Excelente lembrança do poema e da grande artista saudosa ❤️❤️❤️

Tatiane disse...

Sou tão suspeita pra comentar. Amo seus poemas tio. Perfeito ♥️♥️♥️♥️

Beth MNoiana disse...

Extremamente atual para os dias de hoje... 👏🏻👏🏻👏🏻

Zanilda Freitas disse...

excelente ilustração de Dineia Dutra que expressa a angústia dos boêmios a procurar uma "luz no final da madrugada". Bonito demais seu poema!

Rosy Cardoso disse...

Poeta as mensagens na imagem e nas poética são perfeitas,
Li e reli as linhas os traços...

Mara Narciso disse...

Que tristeza! Um amor se foi? Diante da pior tragédia se diz: amanhã será outro dia. Não, não amanhecerá. A desesperança é o que pode haver de pior. Sem luz!

Raquel Jaime disse...

Luiz, que primor de poema!
Você tem poesia nas veias!