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sexta-feira, abril 02, 2021

A rosa mais triste





A rosa mais triste


 

O cotidiano mostrou-se pleno
na voz-infância vendendo flores.
Nos olhos, tristeza de quem vende como quem pede.
Na voz, solidão insistente
querendo existir.

 

Pedia vendendo, como quem liquida
um final de noite.
O cotidiano mostrou-se pleno
também nos meus bolsos
vazios de sempre.

 

A voz meninice chegou outra vez
e pediu dinheiro
pra ir embora.
Agradecendo, deixou uma rosa.

 

Tristeza pura,
resto de sábado.

 

*  *  *

Poeta Luiz de Aquino

 

8 comentários:

Rosamabile Marques de Jesus disse...

Lindo lindo poeta..Vce é incrível..������

Adriano Curado disse...

Que poema belíssimo! Eu tenho a sorte de conhecer um grande poeta que preenche os vazios da minha vida com luzes e cores. Obrigado por me incluir entre seus amigos, Luiz.

SIMONE BORGES ARQUITETURA disse...

👏👏👏👏👏

Gugu disse...

E se as todas falam,com certeza também choram. É diante da infância agredida mais que lamento um apelo a esperança de que todos os olhos para a criança das Rosas traduzam o Mor desses versos.

Unknown disse...

Lindo, este poema!Vc ,mano é surpreendente...!

Andréa Fonseca disse...

Que lindo, Poeta!
Parabéns!

Sônia Elizabeth disse...

Boa noite, poeta! Rosas para o amigo!

Zanilda Freitas disse...

Quantos boêmios dem ter visto e sentido essa triste realidade. Lindo Essa rosa mais triste!