Madrugada solidão
Madrugada
chegou comigo
às vinte e duas badaladas
na Matriz.
Solidão
terrível, irmão!
Caminhei ladeiras inteiras,
povoei moitas e desfiz cabelos,
rompendo fechos e laços.
Fremi, quando o desejo
satisfeito
pedia sono.
Em vão, irmão; solidão
tenebrosa!
Um beijo de má vontade
e boa noite, até amanhã.
Madrugada
comprida, irmão!
A Matriz bate sete
enquanto a madrugada
insiste em existir.
* * *
Poeta Luiz de Aquino
4 comentários:
Esse seu poema me emocionou. Mas também poetizando dessa forma pela velha Meia Ponte do Rosário não seria diferente.
É chegada a hora de ter um dedinho de prosa com a menina lua. Boa noite amigo.
Madrugada eterna para o poeta.
Solidão... companheira dolorosa da boêmia insana de nossas vidas. Refúgio de amarguras inconfessáveis e de pecados imperdoáveis.
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