Mãos em carícias
muitas.
Beijos de prenúncio:
guias de afagos íntimos.
Mãos atrevidas:
passeiam
sem pedir licença em teu corpo,
barco em águas calmas.
Mãos: exploram vales
e fundos,
montes e picos. Viajam a pele
em várias paisagens:
nuca, costas,
axilas;
seios, bicos, o vale entre...
Entram, quando possível.
Descobrem nádegas e
seus limites.
Virilhas: vértice, púbis, pelos,
lábios, gruta, grelo...
Coxas e pernas:
caules gêmeos;
braços: galhos amplos
da árvore de Eros.
Raízes sensuais,
eróticas,
os pés. Prazer de tato: os dedos,
polpas sensíveis.
Língua, ágil
formiga. Percorre,
morna e úmida, a dupla haste
até o encontro com a feminilidade.
Chave da luxúria,
abre
a porta dupla de suas entranhas;
acaricia, dá bom-dia aos pequenos lábios.
Beija o túrgido
botão no alto.
Sem cerimônia, entra sôfrega,
sedenta do mel mais fundo.
E ao fim, o frêmito
do gozo;
o abraço, o flácido,
o sono...
Um comentário:
Para sentir é preciso experimentar e para comentar é preciso estar a vontade para isso. Erotismoa a flor das mucosas.Úmidas e túrgidas.
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