O espaço
a poesia. Tenho as ferramentas e aparelhos
ao dispor, porque aos poetas foi dado o
espaço sem limites e os cenários
de todos os seres. Mas só os
poetas os percebem.
Tenho o céu, com Sol,
quando dia,
e tenho a Lua no céu das
noites.
Tenho um sentir de magia e
feitiço
ao render-me à luz dos teus
olhos
e ao calor de bom aroma
dessa pele clara
e doce, e muito desejada.
Tenho as mãos, estas
minhas,
a buscar as tuas num
conluio de anjos
em congresso (ou recreio).
Sonho-me a beijar tuas mãos.
A palma, primeiro,
e o vão dos dedos, como
quem conta segredos.
E sonho que teus olhos
sorriem
o arrepio que te causa
minha boca
a atrever-se cúmplice,
a pedir a tua para
conspirar o amor
de preliminares, exclusivo
e claro.
Então, peço aos anjos que
fechem as portas,
nossa oficina pede sigilo e
proteção:
anseio por tua pele nua,
teus beijos ávidos
e minhas mãos pedem espaço
e liberdade.
- Somos nossos, enfim!
*&*
Luiz de Aquino, poeta, da Academia Goiana de Letras.
4 comentários:
Conluio de anjos é arrebatador.
Que belo!
O conluio dos anjos ...
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼💎💎💎
Ahhhhhh, que sutileza!!!!
Nasce o "puro", plantado nos obscuros das palavras.
É um reflexo de sentimentos, vão tomando corpo dentro da poesia.
Lindo demais...
Fechemos a porta para que o amor pleno possa acontecer. E, nas suas palavras, num nível bem acima do que vive um reles mortal pecador. Caso sexo seja pecado.
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