I – Fetiche
o peso incômodo de afazeres:
fiz-me despojado das angústias.
Vim ver a lua quase plena
despontar perto da cruz
na elevação de Dom Francisco.
Vim veloz, sobre rodas roçando asfalto.
Trouxe os pés de beijar as pedras das ruas e
os ouvidos de encantar-me a alma ao
[rumor do rio Vermelho.
II - O sol
O sol nas pedras (é manhã de agosto)
alegra o tempo de se contar histórias
e de se ouvir conceitos pela luz das letras.
Abri antenas de sentir presenças
e escutar fuxicos.
Beijei o sol no verde alegre das folhas
e no vivo das cores do ipê.
III - Cruz do
Anhanguera
Cruz mortiça de madeira velha
na cruz das ruas. Logo ali,
Casa Velha da Ponte, no caminho do Rosário.
Cruz de bênçãos, velho madeiro que se
[tem de
história
onde existiu em fé e taipa a Igreja da Lapa
que as águas do rio Vermelho levaram
[de volta ao barro.
Da Lapa, só lembranças.
E o sussurro ingênuo das águas
colhe bênçãos da velha cruz.
* * *
Luiz de Aquino, poeta; da Academia Goiana de Letras
11 comentários:
Trilogia, tri linda!������
Trilogia, tri linda!👏👏👏
Parabéns. Linda trilogia 👏👏👏👏
Que linda homenagem. Trilogia de encantamento e realmente me fez crer que beijou as pedras brancas de Vila Boa de Goiás. Parabéns mais uma vez amigo. Para vc mil vezes parabéns!
👍👍👍👏👏👏 Perfeitos os três sinais. Mágico, o primeiro!
Três poemas de perfeita sintonia, de encantamento por Vila Boa, quando me junto a você, nesse enlevo, pela história e beleza de nossa terra.
Cada um completa o outro. Coisas de Vila Boa.
Um poema que atiça minha saudade de um lugar que não conheço. Sua técnica de provocar tal sentimento eu ignoro, mas sinto seus efeitos.
Muito boa a sua trilogia, Luiz, a gente sente o clíma, os ares dos recantos históricos de Vila Boa, com ritmo e o candenciamento das palavras poéticas, abraço.
Sensual e lúbrico! Outro, diáfano e heráldico, espírito vilaboense perpassando tudo..👏👏👏
Meu Deus, que encanto! "VILA BOA DE GOIÁS ". Parabéns mestre!👏👏👏👏
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