Pelo
Dia dos Pais
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Léo, Élia Maria, eu, Lucas e Fernando (Dia dos Pais, 2019) |
Gosto
de datas comemorativas – comemorar é lembrar juntos. Gosto de Natal, de
Ano-Novo, Dia das Mães, Dia dos Pais, feriados e aniversários. Algumas pessoas
dizem-se avessas às datas, entendem que são artimanhas do comércio para faturar
mais. E daí?
Daí
que é legítimo, sim, comemorarmos as datas, sejam quais forem. Presentear é
questão de escolha, ninguém é obrigado a isso. Quanto a ser pressão comercial,
também não questiono porque, ao contrário dos negativistas do gênero, eu gosto
de comércio, de propaganda, de promoções et
cetera – alguém poderá dizer-me o que seria da vida sem o comércio? Só sei
que as famílias se regozijam nas datas festivas e junto a elas vêm os cardápios
especiais para tais ocasiões, algumas marcadas pela tradição generalizada,
outras pelos gostos familiares.
Assim,
temos as datas da coletividade, como o Natal e o Ano-Novo, bem como as datas
cívicas. Existem as que se resumem aos casais, como o Dia dos Namorados e os
aniversários de namoro, de noivado e de casamento (esta, com alcance aos filhos
e netos). Mas temos também as que se voltam para a família, como o Dia das Mães
e o Dia dos Pais.
Considero
sempre que o Dia das Mães é “o dia dela”, porque não se lhe alcançamos jamais! A
mãe reina sobre a família, soberana e única, e no segundo domingo de Maio
fechamo-nos todos em torno da mãe e, conforme o caso, da matriarca, quando os
filhos casados vêm com seus cônjuges e temos como que uma festa cigana! Mas o
Dia dos Pais é o dia de toda a família, porque é por demais comum o fato de as
mães se duplicarem ante o vazio de alguns pais (ausentes de presença ou por
omissão).
Todos
nós, penso eu, tem histórias de mães que realizam seu papel natural, intuitivo
e sacro de bem-criar, com carinhos e atenção, com assistência e repreensão – cada
coisa a seu tempo e intensidade -, mas a ausência do pai, por razões de morte
ou separação, exige mais dessas mulheres. Muitas eu vi, de muitas eu sei, do
redobrado empenho e também redobrado sacrifício para a plena cobertura das
carências dos filhos. E ainda piores são os casos em que o pai atua em silêncio
e omissão.
E
assim, minhas saudações, no Dia dos Pais, vão um pouco além: acho de bom tom
cumprimentar os pais, sim, mas sem me esquecer das mães; e por um dever de
referência e estímulo, saúdo também cada filho: ao fazê-lo, recordo o
Mandamento que nos obriga a atitudes dignas: Honrar Pai e Mãe.
* * *
Luiz de Aquino