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domingo, agosto 08, 2021

Pelo Dia dos Pais

 

Pelo Dia dos Pais



Léo, Élia Maria, eu, Lucas e Fernando (Dia dos Pais, 2019)

 

Gosto de datas comemorativas – comemorar é lembrar juntos. Gosto de Natal, de Ano-Novo, Dia das Mães, Dia dos Pais, feriados e aniversários. Algumas pessoas dizem-se avessas às datas, entendem que são artimanhas do comércio para faturar mais. E daí?

Daí que é legítimo, sim, comemorarmos as datas, sejam quais forem. Presentear é questão de escolha, ninguém é obrigado a isso. Quanto a ser pressão comercial, também não questiono porque, ao contrário dos negativistas do gênero, eu gosto de comércio, de propaganda, de promoções et cetera – alguém poderá dizer-me o que seria da vida sem o comércio? Só sei que as famílias se regozijam nas datas festivas e junto a elas vêm os cardápios especiais para tais ocasiões, algumas marcadas pela tradição generalizada, outras pelos gostos familiares.

Assim, temos as datas da coletividade, como o Natal e o Ano-Novo, bem como as datas cívicas. Existem as que se resumem aos casais, como o Dia dos Namorados e os aniversários de namoro, de noivado e de casamento (esta, com alcance aos filhos e netos). Mas temos também as que se voltam para a família, como o Dia das Mães e o Dia dos Pais.

Considero sempre que o Dia das Mães é “o dia dela”, porque não se lhe alcançamos jamais! A mãe reina sobre a família, soberana e única, e no segundo domingo de Maio fechamo-nos todos em torno da mãe e, conforme o caso, da matriarca, quando os filhos casados vêm com seus cônjuges e temos como que uma festa cigana! Mas o Dia dos Pais é o dia de toda a família, porque é por demais comum o fato de as mães se duplicarem ante o vazio de alguns pais (ausentes de presença ou por omissão).

Todos nós, penso eu, tem histórias de mães que realizam seu papel natural, intuitivo e sacro de bem-criar, com carinhos e atenção, com assistência e repreensão – cada coisa a seu tempo e intensidade -, mas a ausência do pai, por razões de morte ou separação, exige mais dessas mulheres. Muitas eu vi, de muitas eu sei, do redobrado empenho e também redobrado sacrifício para a plena cobertura das carências dos filhos. E ainda piores são os casos em que o pai atua em silêncio e omissão.

E assim, minhas saudações, no Dia dos Pais, vão um pouco além: acho de bom tom cumprimentar os pais, sim, mas sem me esquecer das mães; e por um dever de referência e estímulo, saúdo também cada filho: ao fazê-lo, recordo o Mandamento que nos obriga a atitudes dignas: Honrar Pai e Mãe.

 


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Luiz de Aquino