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terça-feira, abril 29, 2008

Do meu novo livro, "Poemas de amor e Terra"

Um cheiro de mar, talvez

.


Um azul de céu,
a brisa de mar,
a brisa de terra e nuvens, véu.







O samba, o choro, Água Santa;
bossa-nova. Crioulo que passa
e canta.








Barulho de bonde (Tristeza?)
na Francisco Murtinho,
Santa Tereza.














Um grito "Olha o rapa"!

E eu com saudade
da Lapa...


Uma mulata que passa
gingando alegria
de música e graça.

.









-


A vida sugere poema,
uma cena de cinema

em Ipanema.

.






Há mágica de olhar e de som
e uma noite de chope,
Leblon.

.






O Amarelinho desperta saudades,
sugere mais chope

em fins de tardes








e o dia já se desfez.
Algo me enfeitiça e entontece:
o cheiro do mar, talvez.

sábado, abril 26, 2008

O primeiro uniforme escolar no Brasil: Colégio
Pedro II, década de 1850

Uniformes, poder e disciplina


Estranhamente, um assunto que foi parar em telejornal da Rede Globo caiu no esquecimento e no silêncio sem que nenhuma das partes envolvidas se manifestasse. Ou que a mídia registrasse. Refiro-me, mais uma vez, à questão dos uniformes escolares. Repito, aqui, a assertiva de Ana Braga, professora desde a década de 1940, em conselho à diretoria do Liceu de Goiânia: “Para melhorar a qualidade do ensino, restabeleça o uniforme, porque uniforme é disciplina”.

Observem os profissionais que usam roupas apropriadas. Há como que uma mudança de postura tão-logo se vista o uniforme. Isso vale para policiais militares e bombeiros, para profissionais de estética e de saúde, garçons e mecânicos. Sem uniformes, somos todos cidadãos comuns; com eles, investimo-nos na autoridade que nossas funções nos concedem.

Autoridade é conhecimento, ensinavam-nos nas escolas na década de 60 do século passado. Ou seja: autoridade não é falar grosso e quebrar as leis, mas exercer nosso conhecimento com respeito ao próximo. Autoridade não é ditadura. O uniforme tem a função, ainda que visual, da armadura dos cavaleiros medievais: protege e identifica.

O Colégio Pedro II, por volta de 1850, instituiu, pela primeira vez no Brasil, um uniforme, que era uma farda militar simplificada. E tal como farda, o uniforme do colégio, com modificações inspiradas pela época, perdurou até as proximidades de 1960 (usei uma versão mais simples de farda, ou seja, um uniforme sem túnica, mas com gravata e emblema no braço, onde se põem as divisas de sargento). Uniforme do Pedro II
em 1958


Uma pena que o livro “A história do uniforme escolar no Brasil”, não esteja disponível nas livrarias. A obra do jornalista Furio Lonza, a partir de uma exposição coordenada por Isabel Pires e Maria Alice Silvério Lima, foi distribuída “gratuitamente para escolas, coordenadorias de ensino, secretarias de educação e confeccionistas de uniforme” (leiam o artigo “Com que roupa eu vou?”, de Vagner Apinhanesi, no endereço http://www.seuguiaescolas.com.br/espaco_educacional.php?ano=2007&art=10, do qual ele destaca este trecho do livro de Lonza: “Muitos colégios tentaram abandonar o uniforme e depois retornaram, a pedido dos alunos e, principalmente, dos pais. Colégios que, por muito tempo, não exigiram uniforme, como o Porto Seguro, por exemplo, começaram a utilizá-lo nos anos 80 e 90. São poucos hoje os colégios que resistem. Os pais dos alunos acham o uniforme prático, econômico e, principalmente, fator de segurança obrigatória”.

Reclamo do silêncio de estudantes e de pais, de professores e diretores, mas principalmente da Secretaria da Educação. A professora Milca Severino deve, com urgência retomar o assunto,
já que não se recorreu da decisão judicial que determinou a quebra do uso de uniformes nas escolas públicas estaduais. Detalhe importante: os colégios da Polícia Militar estão fora dessa decisão? Pelo que se sabe, há um rigor à antiga (e ao molde da disciplina militar) nessas escolas. Por que a Secretaria da Educação não recorreu ao Tribunal de Justiça? O que se vê é o que a TV Globo mostrou: os meninos “privilegiados” com a não obrigatoriedade do uniforme, sob a alegação de que não têm recursos para adquirir calças de jeans e camisetas, conseguem portar celulares com câmaras digitais e fotografam baixos ventres e até mesmo virilhas de suas colegas para, depois, exibir tais imagens na Internet. Ou seja: a permissividade concedida pela Justiça deu às garotas o “direito” de mostrarem seios e “cofrinhos” e, aos meninos, o poder de explorá-las gratuitamente.

Agora, os pais (das meninas) pedem a volta dos uniformes, cumprindo a constatação “profética” do autor do livro sobre uniformes.

Estou com esses pais. E sugiro, também, que os professores se trajem convenientemente para as aulas; com a libertinagem praticada pelos alunos, há professores que ministram aulas em bermudas e chinelos, num flagrante desrespeito aos alunos, aos pais de alunos e à dignidade do próprio ofício.
Alunos do Pedro II, na década
de 1980




sábado, abril 19, 2008


Olhar para dentro e longe

Acabo, penso eu, de atravessar uma fase delicada em minha vida: a de olhar o passado através das peças de agora. Explico: é isso de olhar a estátua do Bandeirante Anhangüera num pedestal de palmeira imperial e recordá-lo na humildade do monólito de apenas três metros (tempo em que um pleibói que se tornou, depois, deputado, no verdor da adolescência, usava defecar na bateia do monumento, nas madrugadas solitárias de mil novecentos e sessenta e poucos); é isso de visualizar o Grande Hotel e lembrá-lo em atividade, as paredes térreas abertas e cheias de pequeninas lojas como livraria, agência de viagem, lanchonete, joalheria, butique...

Claro, claro... Falo de Goiânia, meu habitat, como poderia me referir ao Rio de Janeiro, minha adolescência. Diverte-me perambular pelo calçadão de Copacabana recordando o tempo em que a areia, em sua localização natural, ocupava as pistas dos automóveis; ou adentrar o velho casarão 80 da Avenida Marechal Floriano e lembrar a época em que ainda a chamávamos de Rua Larga, a mesma do Palácio do Itamarati (sem aquele pernóstico Y que inventaram para a corporação diplomática em Brasília), do Ministério da Guerra (de então), da Light e, invevitavelmente, do Colégio Pedro II.

Aqui, olho com tristeza o Liceu. Braço goianiense do secular colégio da antiga capital, a Cidade de Goiás que, com carinho, chamamos ainda de Vila Boa ou, com intimidade que incomoda alguns, Goiás Velho. A História de Goiás, desde 1846, não se escreve sem o ambiente do segundo colégio mais antigo do País. Mas, Deus meu!, que tristeza! Porque os governantes não respeitam o passado, hem? Porque os professores não interferem com enérgica autoridade para restaurar aquela dignidade? Nos anos de 1960, antes e após o golpe, era orgulho nosso perambular pela cidade com a calça, a camisa ou mesmo o uniforme completo do velho Liceu. Mas...

Olhar o passado não é saudosismo doloroso, não. É acreditar no futuro. As vistas ao passado são a única forma de vislumbrar o que virá. Disse-me Kleber Adorno que olhamos o futuro com os olhos da razão, e o passado, com os da emoção. Pode ser que sim... Mas nosso passado é matemático, é imutável: é como foi; enquanto isso, o futuro é nosso sonhar. Logo, emoção e razão confundem-se como que numa festa, os lados direito e esquerdo dos nossos miolos pensantes a integrar-se, a interagir-se.

Em Curitiba, ao participar da inauguração da Biblioteca Cora Coralina, numa escola de Ensino Fundamental do Município, demorei meus olhares e pensamentos para a garotada ali, uniformizada e interessada, olhando com curiosidade para o vovô-eu a falar de Cora e de Goiás, de infância e de ler-e-estudar. Lembrei-me da medida estranha do magistrado que determinou o relaxamento do uso de uniformes nas escolas públicas de Goiás (já falei sobre isso; ninguém me convence de que o uniforme não seja indispensável). Aquelas crianças, como as da Escola Pedro Siríaco, na Vila Concórdia, ou os da Escola Castelo Branco, no Jardim Guanabara, são veículo entre mim sexagenário e o menino tímido de cinqüenta anos passados.

E aí, não me escapam as meninas Lucélia, torturada pela suposta mãe adotiva (na realidade, uma dedicada feitora de escravos dotada de crueldade incrível) e Isabela, assassinada com idêntica crueldade, supostamente pela madrasta e o próprio pai.

Não: não precisamos estabelecer relações de paternidade ou criação entre algozes e vítimas. Basta que sejamos seres humanos, numa concepção que nos inspiram o Cristianismo, o Judaísmo, o Budismo e outros modos filosóficos: pensar é exercer filosofia; e pensar errado é negar-se a condição humana. E aí, incomoda-me a bestialidade de alguns dos que consideramos da nossa raça e...

Será, mesmo, que essa delicada fase passou, para mim? Espero que...

sexta-feira, abril 11, 2008

Cora Coralina dá nome a bioblioteca em Curitiba




Cora Coralina para crianças


Escrevo de Curitiba, nesta manhã de quinta-feira e sol, como quem escreve uma carta a mim mesmo. É que preciso não esquecer e, não escrevendo, arrisco-me a deixar perder nas gavetas memoriais que, com o tempo, esmaecem-se até se tornarem formas ininteligíveis. Estou vendo e ouvindo coisas novas e boas sobre Educação.


O propósito desta viagem é, para mim, dos mais importantes. Aqui, em terras do sul encantado, onde o apreço ao verde ainda tem ações que o justifiquem, existem trabalhos voltados para a Educação sem a fragilidade da prosa fácil e falsa da maioria dos políticos e sem a meta única da imediata conquista de votos.


Vejamos: a secretária municipal da Educação é uma jovem economista, incluída naquela categoria que os colunistas sociais dizem ser bonita e bem-nascida. Ou seja: tinha tudo para ser uma dondoca a consumir tardes inteiras em salões e corredores de xópins. E, por ser economista, poderia ocupar-se tão somente em ler estatísticas e elaborar futurismos jamais realizados. Mas a moça, Eleonora Fruet (filha de Maurício Fruet, já falecido, ex-prefeito de Curitiba, e, portanto, irmã de deputado federal Gustavo Fruet) vai além. Ela sabe que o futuro é algo a ser considerado a sério. E deve saber, como sabemos nós, os poetas, que o futuro é implacável: ele faz mentiroso todo vate que venha a falhar.

Voltando à viagem, eu vim, a convite da poetisa Marilda Confortin, presenciar a inauguração de uma biblioteca que leva o nome de Cora Coralina. É a Escola São Miguel, situada na CIC (Cidade Industrial de Curitiba). Trouxe na bagagem, além da minha pasta com uns poucos livros meus, nada menos que dezesseis quilos de livros doados pela Editora Kelps e pela Secretaria Municipal da Cultura de Goiânia (o secretário interino Leopoldo Veiga Jardim fez questão de levar o pacote à minha casa; gentileza de bom amigo).


A inauguração da Biblioteca Cora Coralina não é um ato isolado. Vamos saber? Sim, é claro: há cerca de vinte anos, o prefeito era Rafael Greca, político nacionalmente conhecido. Ele decidiu, ao seu tempo, estender algumas bibliotecas de escolas municipais à comunidade; e criou os "Faróis do Saber", isto é, construiu, em trinta e cinco escolas,novas instalações para as salas de livros e leitura, nos próprios terrenos escolares. E, numa alusão a dois símbolos do Antigo Egito (o Farol e a Biblioteca de Alexandria, as novas unidades têm um farol agregado, em cores que realçam o local. Depois, outros dez faróis foram construídos em praças públicas. Em todos eles, o andar térreo é biblioteca e o mezanino, um centro de informática.


Os faróis, porém, serviram de pretexto para uma ação ambígua, mais tarde: a tomada de salas de bibliotecas escolares para abrigar mais alunos. Eleonora Fruet decidiu resgatar isso: nas escolas onde já existem os faróis, tudo bem, que continuem; mas cuidou de atualizar os acervos e dota-los de melhor sistema de apoio. Nas demais, determinou a criação de bibliotecas. Nestas inclui-se a Escola São Miguel (coincidência... Cora Coralina foi sepultada no Cemitério São Miguel, na Cidade de Goiás; agora, revive-se por sua obra na Escola São Miguel, em Curitiba).

O sistema de bibliotecas escolares municipais está, atualmente, sob rigoroso monitoramento: toda nova aquisição é registrada nos sistema central, muito bem dotado. Até esta data, esse acervo literário totaliza mais de quatrocentos e sessenta e três mil livros!


Não é à toa que o sistema de educação municipal de Curitiba destaca-se, há anos, como o melhor dentre todas as capitais brasileiras. Aqui, o investimento na Educação supera os 25% estabelecidos pela Constituição: em 2007, foram 27,03% do orçamento investidos no futuro.

Agora, um momento triste... Ouço e leio essas informações e esses dados e sinto meus hormônios agirem como num sonho. Imagino que esta seja uma realidade estendida, que seja este o comportamento nacional. Mas ao chegar aos limites do meu espaço nesta crônica, sinto-me como quem acorda...

Estou certo de uma coisa: onde estiver, Cora Coralina, a poetisa da Casa Velha da Ponte, está, hoje, em clima de festa.


--
Luiz de Aquino (Alves Neto)

segunda-feira, abril 07, 2008

A História, essa que escrevemos


A História, essa que escrevemos

São muitas as vezes em que me surpreendo a olhar para dentro de mim. Isso acontece sempre que os fatos ou fatores externos parecem-me adversos. O tempo e a idade ensinaram-me a sopesar ações, atitudes e olhares, e essas coisas chegam-nos de modo tão insignificante... É que nos conhecemos melhor a cada dia. E a cada dia nos sabemos menos perfeitos do que nos imaginávamos antes.

Há mais de quarenta anos, menino aprendiz de profissional no intencionalmente falido Banco do Estado de Goiás, aprendi algo importante demais a partir de uma frase simples: “A maior preocupação dos imbecis, elevados à categoria de chefe, é ostentar autoridade" (Dante Veoléci). Foi meu colega Fábio José da Silva quem a datilografou, ante a prepotência de um chefete (hoje falecido) a intrometer-se em conversa nossa. E aí... Bem, a gente cresceu; e aquele chefe, sem mudar sequer os tons discretos de seus ternos, morreu.

Aqueles eram os primeiros anos de uma ditadura de duas décadas e meia. Tempo bastante para asfixiar nossa juventude, impedir-nos um crescimento livre, como deve ser todo crescimento. Vimos o regime acabar quando já éramos quarentões e nossas oportunidades morriam na praia dos anos maduros. Depois, vimos o poder da União remunerar (ou estimular os Estados a fazer o mesmo) com as tais “vítimas da ditadura”, desde que o pretenso beneficiário provasse ter sido detido por horas, ao menos, em nome das liberdades suprimidas. O erário paga, que os daquela decantada “esquerda” são ágeis na manipulação de fatos e até mesmo provas.

A nós, vítimas evidentes da supressão das liberdades, nada foi oferecido. E nós sequer pleitearíamos benesses sob tal chancela. Triste foi ver falsos ícones arvorarem-se de heróis. E os parlamentos referendarem tais excrescências em nome de uma História ainda não escrita.

Nós, vítimas reais do silêncio e de um total cerceamento das oportunidades, construímos silenciosamente os dias futuros da Pátria. Ouvimos, sem expressar nossas dores, o clamor das mães sem filhos e das viúvas proibidas de chorar. Somamos esforços porque sabíamos do que nos era tirado, e víamos as famílias subtraídas de seus mais queridos.


Guardamos palavras e falas várias. Marcaram-nos por sermos solidários à voz dos torturados, ao choro das mães que pediam por seus filhos e pe(r)diam seus filhos. A nós eram negados os degraus da ascendência profissional, bem como o pleito natural às melhorias no trabalho: “Cale-se, ó inútil! Ou te qualifico comunista!”.

Foi-se o tempo das lutas e veio uma anistia ininteligível, a que poupou os da tortura e permitiu impunidade aos que cometeram abuso de autoridade e mataram em nome do arbítrio. E os que tínhamos por heróis na resistência mostraram-se frágeis de postura porque não disseram mais da luta, mas trataram de usufruir benesses inexplicáveis.

Houve os que trocaram as cores das camisas e as formas dos emblemas. Aliaram-se aos algozes, beijaram mãos que lhes feriram a pele e penetraram entranhas porque pelo poder tudo se justifica. A coragem de sorver fartas doses de cachaça em fins de tardes foi tomado como gesto de afronta aos títeres e rasgar sutiãs equivaleu a portar metralhadoras nos assaltos a bancos como ação de guerrilha urbana pela retomada das liberdades.

Ah! Triste memória nacional!


Felizmente que se faz a História! Dizem que esta, a História, é feita pelos vitoriosos.

Contesto: a História, a verdadeira História, esta é escrita não pelos que venceram. Quem a faz, “in fine”, são os que sabem escrever.


sexta-feira, abril 04, 2008

Fonte nova, rica e límpida


Poemas de NATÁLIA RASINA

Sangue


Tem sangue que sai,

atrás de uma cortina negra,

"e vai escorrendo pelas coxas,

até cair no chão" .

O sangue dos homens,

é sangue de guerra,

por ódio, vingança,

ou talvez, por amor.

Tem sangue que sai de um lugar,

uma bala, embrulhada com raiva,

que atinge um inocente,

deixando uma poça vermelha

de lágrimas, de muita gente.

Tem sangue de um cortadinho,

ou um machucado qualquer,

mas também tem sangue,

de um bebê,

que acabou de sair da mulher.

Por isso,

se você pensar em sangue, diga:

Tem sangue que sai ao encontro da morte,

mas também tem sangue

que sai ao encontro da vida.

Lápis


Encontrei um objeto no chão

Que me deixou um aperto,

No coração

Pus a mão no peito

E tirei-o do chão.

Era uma coisa simples

Mas também era mágica,

E era uma coisa super básica

Que dava vida.

Era um lápis qualquer,

Sem ponta,

Riscado,

Pichado.

Peguei e dei vida a ele,

Comecei a escrever.

Escrevi histórias, desenhei,

Fiz poesias.

E os personagens pularam do papel,

ficaram vivos,

para nunca mais voltar

à prisão

da minha imaginação.

************************

Natália Rasina é uma poetisa que nasceu para ser inteira, plena. Conheci-lhe alguns poemas, e só uns dois ou três meses depois a vi de perto. Ela tem o olhar determinado, aquele que algumas mulheres ostentam com naturalidade e, por isso, atemorizam alguns homens...

Só que Natália Rasina é uma mulher de... apenas 12 anos!

Agora, por favor, comentem!


Luiz de Aquino