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domingo, outubro 29, 2006

Azul em dia de folga

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O dia começou quente e o Sol dizia presente. Mas hoje é sábado também para o Sol e, preguiçoso, recolheu-se a uma rede estendida entre duas constelações; mandou uma nuvem, imensa e no cio, vestir o céu para dar feriado também ao azul.


Benevolente, o Sol. Obediente, a nuvem. Aquele azul, pós-aurora, sumiu. O dia prometia mormaço e um clima insípido de aço e areia se prometia. Ao meio-dia, caiu a garoa, tênue e leve como um sereno, em pouco, virou chuvisco de molhar terra arada para virar lavoura e, sem delongas, voltou a ser garoa.

Parece triste, este sábado sem sol ostensivo. Feijoada, caipirinha − mais tarde, quem sabe, a indispensável, mas sempre pensável, cervejinha de sorrir para a tarde. A chuva chega decidida, diz que fica, quer encher os rios, completar os lagos, irrigar a terra e assustar pessoas moradoras de margens e riscos. Meus olhos, nas altitudes deste planalto, distantes do mar, marejam. Feito a nuvem que derrama luxúria, volúpia da natureza excitada pelo ar seco, pela terra árida, geografia agreste.

Saudade do azul, porque o céu é alvacento. Saudade do azul do mar e dos lagos, quando em paz, já que a chuva turva as torrentes, enlameia os rios, empalidece os lagos. Saudade de azul em uniforme escolar antigo, azul de bem-aventurados que juntam luz amarela de sol para criar o verde.

Saudade de azul, porque hoje não há céu.

Valeria agora um azul de luz fria nos olhos cálidos de alguma Maria.

sexta-feira, outubro 27, 2006

É na cara!

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“Acorda amor. Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão”.
(Acorda, amor, de Chico Buarque)



Esta crônica tem epígrafe. E epígrafe chique, em momento elevado do genial Chico Buarque, em plena ditadura militar. E aí, algum leitor mais distraído ficará pensando: “Por que um texto assim, de uma tão marcante música dos anos-de-chumbo?”. E eu antecipo a resposta: a Polícia Militar de Goiás (claro que não é ela toda: são os gatos pingados mal-intencionados que se sentem super-homens porque vestiram uma farda, ao modo legítimo do arbítrio que marcou o tempo dos generais ditadores e, sejamos reais e honestos, de civis pós-ditadura que, saudosos do excessivo poder, continuaram usurpando direitos e violando a Lei e a Ordem).

Uma viatura, noite de sexta-feira, dia 20 de outubro. Goiânia já em festa pelos 73 anos do lançamento da Pedra Fundamental. Mas os soldadinhos, aparentemente recém-incorporados, investidos da autoridade dos mal-formados, mandaram parar uma velha Fiat Elba. Tão velha que sequer paga IPVA. Mandaram que descessem e pusessem as mãos sobre o carro, abrissem as pernas, etc. O condutor do veículo perguntou: “Por que fomos abordados?”. Um soldado alegou que estavam a 120 km por hora; o condutor alegou que entregaria o carro de graça a quem conseguisse fazê-lo andar a 80 km/h. E, disposto a apresentar-se (a documentação já estava em poder do PM), disse que era “funcionário público, como você”.

Foi o bastante: o jovem soldado desferiu uma humilhante porrada na cara do rapaz, com uma “legenda” exemplar: “Não se compare comigo!”. E decidiu levar o moço e seu acompanhante, algemados, no porta-malas da viatura, para o 8º Distrito, no Setor Pedro Ludovico. Um policial dirigia a viatura; o outro, ilegalmente, dirigiu a Elba até a delegacia. O motorista, com o rosto marcado pela tapona do PM, não teve permissão, dos militares, para usar telefone, o que configurou outra atitude arbitrária dos soldados. Mas o delegado de plantão recusou-se a receber os presos. Os soldados alegaram, para a autoridade, que os levaram para a delegacia por que “fizeram manobra perigosa” na Avenida 85, e que os deteve na esquina das Avenidas T-63 e T-4.

O delegado mandou que lhes retirassem as algemas, argumentou que não havia razão para a detenção e orientou o jovem agredido a dirigir-se ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito. Eles deviam voltar ao 8º DP para fazer o TCO, mas a mesma viatura seguiu a Elba até o IML e seus ocupantes esperaram que os moços saíssem (já era madrugada). E os obrigaram (o que é o poder da viatura, da farda e das armas, hem!) a dirigirem-se ao DETRAN, onde o PM agressor, ou seu comparsa (desculpem: companheiro), lavrou um auto de infração por manobra proibida, ou algo parecido. Será que o soldado tem autoridade para isso? Ora... Se tem pra bater, pode tudo! Até criticar o delegado em ocorrência interna da PM.

Não quero comentar, apenas narrar. E recordar. Porque era assim que agiam “eles”, os ditos “homens” da repressão. Agrediam a bel-prazer, inventavam verdades (sim, porque um soldado tem um predicado sobre “outros mortais”, que é uma tal de “fé pública”), prendiam a arrebentavam. Um moço, com formação superior, leva um sopapo na cara e os fardados ainda...

Senhor Comandante-Geral! Senhor Secretário da Segurança Pública. Senhor Governador! A população cidadã, desarmada e indefesa, não pode continuar vítima desses vândalos fardados.

Por favor...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Ares do Sul

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Escolhi a quinta-feira para produzir estas linhas. E o fiz de caso pensado, porque 19 de outubro é aniversário do saudoso poetinha do "Soneto da Fidelidade". Vinícius de Morais bem poderia ter chegado a festejar este ano, soprando 93 velinhas num bolo que, apropriadamente, deveria ter uma receita carioca, mas ornamentos e ingredientes de todas as regiões brasileiras. E não preciso explicar.

O dia é de festa, mas não estou em casa; encontro-me em Joinville, Santa Catarina, conhecendo pessoas e falando de coisas da vida e da poesia (lembrem-se, leitores: escrevo na quinta-feira). Já participei de palestras e concedi entrevistas a emissoras de rádio e tevê, combinei com os músicos sobre o sarau de sexta-feira; Osvaldo Júnior, cantor e apresentador de televisão, e Gaúcho, violonista, prepararam um repertório excelente de canções românticas e me cabe entremeá-lo com poemas afins. Ou seja, estou mais feliz.

Há a festa da AGL em que Aidenor Aires, poeta e bom de prosa, prestará homenagem justamente ao meu antecessor na Cadeira 10, Carmo Bernardes. Aidenor teve o privilégio da amizade de Carmo, como Brasigóis e eu, como Bariani e Zé Mendonça, e Paulo Araújo, o livreiro; e Leonídio Caiado, e... Ah, é muita gente! Vai daí, o jeito é pedir ao poeta que me reserve uma cópia do panegírico.

Mas é 19 e festejo sozinho os aniversários também do primo André Luiz, no Rio de Janeiro; e da Marilene, comadre e vizinha. Vou tomar uma taça de bom vinho em louvor a cada um deles: Vinícius, Carmo, André, Marilene... Não, não perderei o equilíbrio por isso, felizmente. Até porque aqui, neste norte catarinense, há muita umidade no ar e um frio agradável, em contraponto às altas temperaturas da nossa terrinha (vi que Goiânia amanheceu com 23 graus e deve chover muito).

Meu amigo Edir Meireles, escriba goiano vivente na Bela Cap (quase ninguém se lembra que o Rio de Janeiro teve também esse epíteto), lançou o seu "O feiticeiro da Vila" na sede da UBE, também na quinta. Pena eu não estar aí ao menos para retribuir o carinho que ele oferece, sempre, em seus domínios: no meu sarau de agosto, entre meus colegas de Colégio Pedro II, lá estava o Edir, como sempre... Outro vinho, pois!

E vou curtindo Joinville, bem ciceroneado pela Cida (da Rede Feminina de Combate ao Câncer, entidade que me convidou para esta jornada, com apoio do Instituto Amar, que congrega entidades assistenciais). A arquitetura e outras marcas da história da colonização alemã, os eventos que agitam a cidade e superlotam hotéis, a música da fala sulista... Há muito que se ver (e aprender) por aqui. Mas uma coisa é comum à alma brasileira: a afinidade que o veterano jornalista goiano encontra nos colegas: Natanel Rocha (TV Brasil Esperança), Cacá Martins (Rádio Cultura FM), Osvaldo Júnior (da TV Cidade e titular da Machester Band) e Jota Martins (Rádio Globo).

Ah, não me escapa um fator comum a todo o Brasil: o segundo turno das eleições, com as campanhas mornas e chatas que acometem o país, tanto na disputa nacional quanto nos estados em que a eleição para governador não se fechou no primeiro escrutínio. Repete-se, também, o nível baixo das acusações de improbidade ou de incompetência, a sempre inacreditável auto-exaltação e as caras de anjo de que se travestem os caçadores de votos.

Sendo assim, a saudade da terra só se explica pelas pessoas que nos são mais próximas e caras, já que também a cara-de-pau, no Brasil, está "globalizada"

E a fila anda...

sábado, outubro 14, 2006

Ao céu de tarde e estrelas

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Qualquer hora, quando vir teus olhos, ah!,
vou me deliciar de te ouvir
e tomar tuas mãos.


Viajarei em mim a te render
loas de sol e sereno
e beijar um céu de estrelas nossas.


Vamos selecionar lugares
em ar de zen
para encontros de amor.


Haverá boa música. E boa conversa
e boas mãos de carinho e lábios
de lamber e contar.



E língua de sussurrar confidências

e fazer beijos muitos,
safados e úmidos.


Ah!, estrela de mim
e do Trópico! Eu te quero
e vou beijar teus pés.

O circunflexo e a suástica

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Pô, não há de ver que Leda(ê) Selma (atenção, revisão: deixe assim mesmo, Leda(ê); ela sabe a minha razão) me acordou antes das onze horas de domingo passado e curtiu, dizendo que enfim escrevi “corretamente” o nome dela. Vá lá, Dona Leda(ê), não escrevi errado, como você assina. Em 1971, esse circunflexo não se aplica ao seu nome; mas, no Brasil, essa lei é “letra morta”?

Comecei o domingo, 8 de outubro, pois, com esse jocoso desaforo da Leda(ê). É que, em respeito a ela, e supondo que eu me enganara, a revisão me “corrigiu”, para regozijo da minha amiga cronista auto-licenciada (de minha parte, acho que ela precisava de um repouso). Leda(ê) aproveita bem a folga: está em São Paulo, a curtir Campos do Jordão e um belíssimo teatro, “O Fantasma da Ópera”. E há de se encantar no Museu da Língua Portuguesa, se bem a conheço.

Falei no “8 de Outubro”; consta que, para ligar alguns presos políticos aos “inimigos do regime”, um oficial da repressão, à falta de envolvimento dos jovens (sempre jovens...), decidiu dizer à imprensa que eles eram do “Oito de Outubro”, numa alusão “romântica” (?!) à morte do Ernesto Guevara. Oito, outubro: isso remexeu minhas lembranças e pensei na História, que, para a Maria do Rosário Cassimiro “é a segunda ciência, perdendo apenas, em importância, para a Filosofia”. No Brasil, militares “ditavam” muito para a História; hoje, após o regime deles, apareceram os sociólogos (só porque um deles, justamente o menos confiável, chegou à Presidência da República).

Tenho pouca coisa contra os sociólogos (apenas este conceito de que eles só existem para formar outros sociólogos e, apenas por palpite, interferirem no quotidiano com títulos eufemísticos, como “cientista humano” e, atualmente mais em moda, “cientista político”). Só gostaria que eles deixassem um pouco o ócio acadêmico e viessem à vida quotidiana, como o fez Betinho, o irmão do Henfil.

O duro é que o (s)ociólogo (com licença, Millor Fernandes) Fernando II (1995/2002) criou sua corte e fez escola. Vez virar regra geral, no Congresso, a prática de trocar votos parlamentares por verbas e dinheiro vivo de origem não muito esclarecida para tentar se perpetuar no poder; deixou que seus amigos cometessem abusos de poder e tráficos de influência, mandou prender espião que espionava e deixou livre o corrupto que corrompia, silenciou a imprensa “nobre”, enfraqueceu trabalhadores e enriqueceu ainda mais os bancos. “Impostos? Ah, peguem da classe média”.

Pena que Lula não reduza a carga exorbitante que ficou para a classe média e os pequenos e médios empresários, estes que geram empregos e estabilidade emocional às famílias brasileiras, bem como não tenha, ainda, cobrado impostos dos bancos, o que permitiria o fortalecimento de quem trabalha e produz, do homem do campo ao trabalhador urbano. Nos últimos doze anos, os bancários brasileiros foram reduzidos em cerca de 80%, com as máquinas substituindo o Homem.

A turma de Fernando, o (s)ociólogo, disposta a não perder cabeças, decidiu poupar Serra e os aliados ACM e Bornhausen, e pôs o pescoço de Geraldo, o sobrinho do “duas caras” José Maria Alckmin, agora falado em proparoxítona, como boi-de-piranha. O discurso dominante faz inveja a Plínio Correia de Oliveira, de quem Geraldo, líder da “turma de Pinda”, deve ser fã; ou devoto fervoroso, sei lá! Meu medo é que esse fanatismo do religioso Geraldo ante o líder Fernando, o ateu, nos leve à bancarrota com a “solução final” quanto às estatais.

Isso nos leva a um líder odioso da primeira metade do Século XX. Ou não?

Peça desculpas, Maguito!

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Desde ontem, temos de volta o programa eleitoral gratuito (que não é grátis). A mera comparação dos programas dos presidenciáveis contesta o conceito tucano “Geraldo venceu”: não mostraram a má educação do pseudo médico, nem conteúdo em sua “proposta” de governo; Lula, por seu lado, expondo ao “Proparoxítono” razões para admitir que o Brasil melhorou.


Continuo cobrando três pontos cruciais ao presidente Lula da Silva: a solução para a malha rodoviária; uma educação decente; e a racionalização na cobrança de impostos. Geraldo, que fala em saúde e segurança, só fez construir presídios e pregar uma história incompatível com ele mesmo, a de ser um profissional da saúde (ele não é ubíquo).


No âmbito estadual, fiquei bobo de ver: Maguito disse: “Ofereço ao povo a minha história”. Ele a tem? Os redatores de Maguito devem sofrer por falta de argumentos, pois tudo o que se disse de positivo sobre ele, aplica-se, sim, a Alcides, como coadjuvante de Marconi. E Maguito cospe no prato ao renegar Íris, dizendo-se melhor que seu padrinho. A história de Maguito começa na Arena, o partido do sim-senhor que dispensa comentários, e tem como último feito a agressão à residência de Alcides, em Santa Helena, com um helicóptero destelhando a casa, numa indiscutível invasão à privacidade, assustando Dona Guri, a mãe do governador, de 80 anos.


Peça desculpas, Maguito. Isso te faria menos prepotente e atrapalhado.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Falácias nada palacianas

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Ora, ora... outro debate! Agora, devidamente polarizada a disputa, como manda a regra. “Deste lado, o vencedor”, já chegou pensando Geraldo, sobrinho-neto do folclórico José Maria, o de Minas, amigo de Juscelino, convenientemente golpista de 31 de março de 1964, vice-presidente alegórico do marechal Castelo Branco). O Alckmin de agora , segunda geração do velho cacique das conveniências, não difere muito do titio: fez-se vereador aos 19 anos, pelo MDB, com uma votação fragorosa em Pindamonhangaba graças ao prestígio de um tio que se fez ministro do Supremo. Para os militares e a Arena, nada melhor que um Alckmin (em Minas, é oxítona; em São Paulo, proparoxítona) no MDB...

O vociferante tucano, se eleito, há de seguir a cartilha de seu partido no tocante às privatizações e à extirpação definitiva dos direitos trabalhistas. Diz ser médico, mas consta que não pôde nem pode exercer a medicina por falta da residência médica. Nesse duelo, ele juntou o ódio que trouxe do primeiro turno ao de Heloísa Helena (que, em vez de adversária, mais parece ex-esposa de Lula) e dirigiu-se ao concorrente, o ainda Presidente da República, em termos que, dirigidos a qualquer um de nós, resultaria em ações nada civilizadas, em pancadas ou palavrões.

E aí, os tucanistas dizem “Geraldo venceu”; e os petistas afirmam “Lula venceu”. Para mim, perdemos nós, que vimos e ouvimos tudo aquilo. Mas perder a eleição será benéfico ao sucessor do “fernandismo”: nesses quatro anos, ele poderá fazer a residência médica que lhe falta.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Se chover

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Ponho um carinho
nesse seu céu
de sorriso e bonança.

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Deixo descer
do azul e das nuvens a chuva
que lhe dá carícias.

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Pouso meu beijo,
silêncio e tesão,
na sua boca de pétalas.


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sexta-feira, outubro 06, 2006

Que cumpram um sexto

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Centenas de caras-de-pau disputaram a loteria do voto, tentando abocanhar, sem concurso nem escolaridade, um empreguinho temporário de quatro anos, com direito as ser taxado de autoridade e ser chamado de Excelência, com E maiúsculo. Este ano foi o da campanha pela ética, pela educação e pela segurança, tal como a de 2004 foi a do asfalto. Mas nenhum − eu disse “nenhum” e foi nenhum mesmo! − deles, para qualquer cargo, falou em cultura. A observação é da Nice, funcionária do condomínio onde moro.

Nenhum deles, eleito ou derrotado, até agora se preocupou com os rumos das investigações que a ANAC, a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal desenvolvem no sentido de conhecer os responsáveis pelo maior acidente aéreo da história do Brasil, enquanto o consulado americano no Rio dá abrigo em lugar secreto aos pilotos do jatinho que causou a “coisa”. Se fosse o contrário... Ah, queria ver diplomatas brasileiros na terra do tio-sam protegendo algum de nós! Gente, e eles tinham um repórter na comitiva que, agora, é tido como perito em assuntos de aeronáutica!

Será bom se eles forem julgados por homicídio culposo. Afinal, mataram 154 nacionais e estão tripudiando sobre nós, com o patrocínio de um advogado ex-ministro (dos que já não se fazem como antigamente...). Imaginem se os dois gringos pegarem três anos para cada brasileiro morto “involuntariamente”: seriam 462 anos de cadeia; eles poderiam cumprir um sexto da pena, sairiam daqui a 77 anos. E a soberania norte-americana sequer seria arranhada.