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quarta-feira, outubro 11, 2006

Falácias nada palacianas

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Ora, ora... outro debate! Agora, devidamente polarizada a disputa, como manda a regra. “Deste lado, o vencedor”, já chegou pensando Geraldo, sobrinho-neto do folclórico José Maria, o de Minas, amigo de Juscelino, convenientemente golpista de 31 de março de 1964, vice-presidente alegórico do marechal Castelo Branco). O Alckmin de agora , segunda geração do velho cacique das conveniências, não difere muito do titio: fez-se vereador aos 19 anos, pelo MDB, com uma votação fragorosa em Pindamonhangaba graças ao prestígio de um tio que se fez ministro do Supremo. Para os militares e a Arena, nada melhor que um Alckmin (em Minas, é oxítona; em São Paulo, proparoxítona) no MDB...

O vociferante tucano, se eleito, há de seguir a cartilha de seu partido no tocante às privatizações e à extirpação definitiva dos direitos trabalhistas. Diz ser médico, mas consta que não pôde nem pode exercer a medicina por falta da residência médica. Nesse duelo, ele juntou o ódio que trouxe do primeiro turno ao de Heloísa Helena (que, em vez de adversária, mais parece ex-esposa de Lula) e dirigiu-se ao concorrente, o ainda Presidente da República, em termos que, dirigidos a qualquer um de nós, resultaria em ações nada civilizadas, em pancadas ou palavrões.

E aí, os tucanistas dizem “Geraldo venceu”; e os petistas afirmam “Lula venceu”. Para mim, perdemos nós, que vimos e ouvimos tudo aquilo. Mas perder a eleição será benéfico ao sucessor do “fernandismo”: nesses quatro anos, ele poderá fazer a residência médica que lhe falta.

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