Palmas bailantes ao vento,
palmas de buritis, frutos
envernizados. Escamas lustrosas,
convidativas ao toque.
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Buriti |
de água límpida, a dessedentar o solo e
desenhar arabescos
em terras úmidas de boa cultura.
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Anta |
Veredas nos vergéis do cerrado, caminhos
de emas, antas e veados, palco de sonoros
pássaros de penas várias, como
as manchas vivas de paletas aquareladas.
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Veados |
Juriti, sabiá e pomba-rola,
inhambus-xintã e chororó, bem-te-vi e socó,
joão-de-barro e sanhaço; canarinho-da-terra...
Feito uma orquestra de fartos ensaios.
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Serra de Caldas |
Aves a povoar o alvorecer na serra, aquela
Serra de Caldas, berços das termas
das longínquas paragens ermas dos gentios
a fugir em desvios do invasor entrante.
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Fogo-apagou |
O vento agita palmas; como coqueiros
a aplaudir os cantos das aves. Hora de o sol
se pôr a Oeste, além do platô elevado; triste,
uma rola diz adeus... fogo-pagô... fogo-pagô!
Luiz de Aquino,
poeta