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sexta-feira, maio 16, 2008

Resenha assinada pela poetisa Madalena Barranco, de São Paulo, sobre meu livro (*)...



Resenha assinada pela poetisa Madalena Barranco, de São Paulo, sobre meu livro (*)...




Poemas de amor e Terra, de Luiz de Aquino

09/05/2008


Com o apoio da Prefeitura Municipal de Goiânia e da Secretaria Municipal de Cultura, surgiu a Coleção Goiânia em Prosa e Verso pela ocasião do aniversário de Goiânia em 2007. O escritor e poeta Luiz de Aquino, um dos ilustres participantes da referida Coleção, escreveu mais um livro de sua série de livros de poesia. A cada verso inovador o amor acontece em uma forma especial de resgate do romantismo, adaptado aos dias de hoje. E eu me pergunto: - por que “Poemas de amor e Terra com “T” maiúsculo? A resposta vem certeira como se fossem os primeiros raios de sol de uma manhã clara: - ora, porque Luiz de Aquino verseja sobre a natureza do maior e mais controvertido sentimento da humanidade, que é o amor em sintonia com a Natureza pulsátil de nosso corpo planetário... E quando se fala de amor em poesia, a impressão que tenho é de que a responsabilidade aumenta.

O poeta dá o tom certo da poesia contemporânea discretamente ritmada, o que lhe confere suave musicalidade ao ser pronunciada em voz alta, permitindo assim, uma leitura agradável aos ouvidos. Ao final de cada poema fica a vontade de raspar o tacho de agridoce de maçã nostálgico a identificar-se com o leitor. Escolhi o poema “O Sol e eu e o sentido”, do qual reproduzo um trecho, como exemplo de minhas impressões:

“O Sol nasceu mais cedo que eu,
mas morreu noutras horas poucas
e prometeu nascer outra vez
dia seguinte
porque é do ofício do sol
fazer o dia (...)”

”E o sol vai nascer e morrer todos os dias
muitos anos além de mim e de minha morte
porque o sol não precisa crescer:
basta-lhe existir.”

Em seus poemas, o beijo do astro rei se faz presente e deixa a moça segura de si e do dia em sol, onde se lê a ternura carmim de uma imagem de amor. O cânone de um beijo se eterniza em verso de carne em duas linhas, pela boca das letras do sensível poeta Luiz de Aquino.

Minhas observações: de poema em poema a Terra recebe a cálida mensagem de amor do poeta, através da musa que acolhe a humanidade do homem em seu regaço. Luiz de Aquino quase ousou dispensar a Lua dos poetas, porque sempre acreditou na vibração de amor do Sol maior.


(*) Publicado no site “Leia Livros”, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (http://leialivro.com.br/texto.php?uid=18652).

3 comentários:

Madalena Barranco disse...

Querido Luiz, obrigada pelo carinho e publicação de minha humilde resenha de seu belo livro de poemas. Beijos. P.S.: após ler seu livro cismei aqui em chamá-lo de amigo do Sol.

Marluzis disse...

Madalena, você escreve muito bonito !
Não querendo te desmerecer, mas o nosso poeta inspira, não é mesmo ?!?!?!?!
Depois de você chamá-lo de “amigo do Sol” e chamar a atenção do astro-rei em seus poemas, não resisti e fui conferir. Descobri que ele estava presente em doze poemas do seu livro “Poemas de amor e Terra”, mas brilhava fulgorosamente em todo o universo poético.
Luiz de Aquino soube nos aproximar de todos esses elementos de luz, amor e terra com a maestria dos grandes poetas.
E você, Madalena, nos levou para mais perto dele com a sua sensibilidade.
Lindos; os dois !!! Bravo !

Anônimo disse...

Querido amigo Luiz,

Muito obrigada pela gentileza e carinho em divulgar a resenha em vários sites. Assim eu fiquei conhecendo mais gente legal & poeta, assim como você!!

Ah, não se preocupe com o comentário no orkut sobre "incensar você" - hehehehe - me desculpe mas é que esse termo é engraçado. O que posso fazer se eu GOSTO de sua poesia ensolarada, amável e sucinta? Não tem um errinho de português sequer; não tem excesso de rimas, coisa que eu não gosto muito; não há mensagens rebuscadas; são contemporâneas e leves, e possuem um toque de amor profundo e saudavelmente saudoso, que eu gosto de ler, assim como os clássicos e outros poetas que admiro. Se há defeitinho de fabricação? Não sei - eu não sou crítica literária - mas tenho minha licenciatura em Letras e de minha parte nada há que eu pudesse reprovar. Em minha opinião, quando há defeitos eles devem ser delicadamente sugeridos ao escritor, de forma particular e jamais pública - assim como o faria uma dama ou um cavalheiro, porque eu acredito na boa educação e na ética, mesmo que o mundo diga o contrário.

Você regionalista?? Ai, ai, eu também devo ser, porque em meus livros ainda inéditos eu uso e abuso de minha adorada cidade de São Paulo. Certa vez eu fui aluna por dois dias de um escritor também muito querido e sábio, o Luiz Antonio de Assis Brasil, que é professor de uma Universidade em RS e lembro-me do que ele nos disse: "quando um escritor deseja escrever sobre algo que não conhece ou sobre alguma cidade ou país que não conheça, antes, o escritor deve viajar e conhecer o local e estudar sobre o que irá escrever". "Para escrever bem e cativar o leitor, deve-se escrever sobre o que mais se conhece".

Beijos, da amiga,
Madalena