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quarta-feira, dezembro 15, 2010

Amor-próprio no lixo



Amor-próprio no lixo


Lamentável aquela indisfarçável indiferença que a Rede Globo de Televisão dedicou ao jogo final da Copa Sul-americana. O representante brasileiro foi o Goiás Esporte Clube, que algumas figuras nacionais da chamada crônica esportiva consideram “um bom time”, mas que uns outros entendem ser uma equipe “em transição”. O que acho racional.

A Globo, no âmbito nacional, de fato ofereceu o seu nobre desdém aos aficionados por futebol de todos os rincões brasileiros. E o torcedor correu para a Band, porque era preciso, inadiável,  indispensável acompanhar aquele jogo. Li e ouvi muitos lamentos, alguns bastante indignados, por toda a cidade. Afinal, Goiânia não se forma apenas de tímidos goianos vindos do interior, mas de uma leva originária de qualquer ponto do País. Somos o somatório Brasil num processo de mixagem, reconstruindo sotaques e culturas.

O triste fica por conta do preconceito geográfico.

É mais ou menos assim: quem mora em bairro nobre, rejeita os da periferia e os do interior; quem veio do Sul torce nariz para os nordestinos; quem passou uns meses no exterior, tenta sobrepor-se ao conterrâneo nativo – e assim por diante. Em futebol, a hegemonia era do Rio e de São Paulo (consta que, na copa de 1950, um jornalista paulistano escreveu que cariocas acreditavam que o Brasil começava em Copacabana e acabava em Jacarepaguá; mais tarde, os cariocas descobriram que o Brasil ia até a Serra dos Órgãos, isto é nas proximidades de Petrópolis e Teresópolis). Hoje, tanto cariocas como paulistanos acreditam que o Brasil é Rio e São Paulo (as cidades, não os Estados) e fazem concessão apenas suportável a Belo Horizonte e Porto Alegre. E basta!

As grandes redes de tevê, e não só a Globo, em seus noticiários, menosprezam as regiões e comunidades distantes de suas sedes. Mas quando o tema é arte e futebol, sabe-se perfeitamente que  o resto do Brasil fica na periferia. Isso é uma tendência mundial? Acredito que não. Nos Estados Unidos, há polos de várias naturezas em pontos esparsos. Claro que lá também deve acontecer esse preconceito geográfico, porém as possibilidades não são concentradas como aqui.

O efeito disso é a tola admiração a tudo o que vem de fora. Os brasileiros, em geral, gostam de estrangeiros; os brasileiros, nas maiores cidades, são tratados como “menores” quando advêm dos Estados periféricos. Mas os que saem de grandes centros para cidades menores, são recebidos a pão-de-ló (ou pamonha à moda, no nosso caso).

Hospitalidade saudável, louvável até; mas tem efeitos colaterais. Os artistas locais, salvo as duplas sertanejas, são solenemente rejeitados: agora mesmo, o Circuito de Natal leva ótima música a vários pontos da cidade, mas a mídia local não divulga o projeto e o resultado é vermos artistas de primeiríssima linha tocando para vinte ou trinta pessoas, porque quase ninguém sabe... Ou seja, a mídia goianiense também rejeita coisas locais, e isso é incontestável.

A grande imprensa, esta semana, mostrou que o site espião Wikleaks detectou telegramas do embaixador americano para seus chefes em Washington dando conta do atentado (felizmente sem maiores consequências) ao xópin, em abril do ano passado; para o embaixador, aquilo era uma evidência da falta de segurança no espaço aéreo do Brasil, especialmente em Goiás, ou seja, em torno da Capital da República.

Gente: esse embaixador é tão mal-informado que não sabia que até mesmo o espaço aéreo da “capital do mundo”,  Nova Iorque (por favor, revisão, deixe tal como está: I-or-que), destruindo as Torres Gêmeas e outros prédios próximos, foi uma demonstração de que o espaço aéreo de lá também é vulnerável? Quantos acidentes e incidentes não ocorreram nas terras de tio-sam, antes e depois de setembro de 2001?

Vejamos o que se passa, por exemplo, com escritores – e vou dar alguns nomes: escritor goiano, para ser remunerado em palestras e eventos outros, começou com um cachê de 200 reais no mesmo evento em que a organização remunerou Alexandre Garcia (que nada tem a ver com escritores) com 10 mil reais! Os escritores de fato de renome nacional, naquele evento, ganharam cachês de 5 mil reais. Quem explica?

Agora mesmo, cidades do interior de Goiás remuneram autores de livros de autoajuda com 20 mil reais; escritores de ficção e poesia, continuam na faixa dos 5 mil reais; os locais tiveram seu cachê “elevado” para 500 reais e levam até seis meses para receber.

Famosa e talentosíssima poetisa mineira, Adélia Prado (adoro seus poemas!) resistiu até a minha total desistência, lá pelo início do Século, a conceder-me entrevista para o DM. Confesso, desisti pela teimosia dela! Não respondeu a nenhuma das cartas que lhe enviei por correio, não retornou recados em sua secretária eletrônica (ainda existia) nem deu bolas a pessoas de quem me vali para fazer chegar a ela o meu pedido de entrevista, acompanhado de livros de escritores goianos. Desisti quando um jovem poeta português enviou-me entrevista que ele, por correio, conseguiu fazer com a poetisa; informou-me que apenas enviou-lhe as perguntas. Ela, de pronto, atendeu.

Ficou claro que Dona Adélia Prado virava as costas para Goiás. Sobre isso foi interpelada por um estudante de letras de Belo Horizonte (obviamente, meu amigo); ela, com meiguice e simplicidade, disse que não era assim, que atendia a todos. Mas o fato é que a poetisa de Divinópolis só veio a Goiás, até hoje, remunerada. Numa das duas bienais acontecidas em seis anos (aqui as bienais não têm periodicidade), chegou a pedir desculpas ao poeta Gabriel Nascente por jamais lhe ter respondido a cartas e envios de livros.

Escritores nacionais só vêm a Goiás quando convidados e bem remunerados. Menos o saudoso Antônio Olinto, que, a meu convite, veio apenas pelas passagens e hospedagem, e aqui ficou uma semana, concedendo entrevistas e proferindo palestras, presidindo a inauguração do Espaço José J. Veiga no SESC da Rua 19. A Secretaria Municipal de Cultura, na pessoa do escritor Kleber Adorno, assegurou os custos de viagem e hospedagem.

Tenho ouvido de estudantes e professores, bem como de escritores locais, queixas quanto ao conteúdo e motivação nas palestras de escritores famosos que vêm de fora; cobram caro e não correspondem. Ainda assim, escolas e instituições outras continuam bancando essa gente, em detrimento dos valores locais.

Nos últimos meses, está na moda, entre os da ABL, virem a Goiás para proferir palestras remuneradas, passear na Pousada do Rio Quente , tratado a iguarias ricas – por “nossa conta”. Devemos mesmo bem-tratar nossos hóspedes. Mas inseri-los no nosso meio só porque são de fora... Aí é complicado! Refiro-me ao esforço do vereador Gari Nego Jobs, que propõe titulo de Cidadão Goianiense para um escritor gaúcho, vivente no Rio de Janeiro, que das vezes em que aqui esteve foi sob remuneração e carinhos materiais mil. Meu amigo Jobs, reveja isso aí! Antes, prefira homenagear Luiz Chaffin, que tanto bem faz à música local. E há outros, muitos outros, que merecem tal honraria. Esse título, a gente sabe, partiu do interesse de algum amiguinho especial do possível homenageado e os objetivos são notórios!



* * *






Luiz de Aquino é escritor, membro da Academia Goiana de Letras. E-mail: poetaluizdeaquino@gmail.com.






A imagem abaixo é um recorte da pág. 20 do Diário da Manhã de hoje, 16/12/2010, em que um leitor manifesta-se não apenas contrário ao que defendo neste artigo, mas com agressões às quais não responderei. L.deA.

18 comentários:

Allisson Aluisio disse...

(unregistered) wrote:

Parabéns pela matéria escrita no jornal Diário da Manhã do dia 15/12/2010 com o titulo AMOR-PROPRIO NO LIXO. Acho, Luiz, que é um sentimento que a maioria de nós goianos temos sobre a imprensa e midia nacional que nos coloca como meros coadjuvantes no mapa do Brasil, naquele jogo
do Goiás contra um time argentino, que por sinal éramos o Brasil, na pátria de chuteiras tivemos a clara visao do tratamento que tivemos, principalmente daquele famosa emisora da bolinha que tem o bordão (plim plim).
A sua matéria, senhor Luiz Aquino, foi excepcional sobre o meu e de muitos outros goianos de nascença ou de coração com essa amada terra:
desde ja vai o meu abraço a vc e meu muito obrigado...

Osair de Sousa Manassan disse...

Assino em baixo, Luiz. Ontem o "Gavião" Bueno, logo no início da transmissão do jogo do Internacional contra o time de Congo, disse que os jogadores do time africano "falaram besteira do dia todo" (antes do tal jogo), se referindo à declarações de um jogador Congolês que disse não conhecer nenhum jogador do Inter e que já estava na hora de uma equipe africana decidir o Mundial Interclubes. E o "papagaio global", na sua arrogância peculiar, já falava da escalação ideal do time gaúcho para a final com a Inter de Milão... Pois bem, resultado: o Internacional de Porto Alegre foi derrotado por 2x0 e vai para a disputa do 3º lugar, no sábado.
Quanto à disputa do título da Sulamericana, com o time goiano, nenhuma palavra, ao menos nos telejornais da Globo.
Bom, exemplos são inúmeros e como diz Milton Nascimento, "Ficar de frente para o mar e de costas para o Brasil, não vai fazer desse lugar um bom país".
Parabéns!

Sônia Marise Teixeira Silva de Souza Campos disse...

Oi, poeta!

Certíssimo. Um absurdo mesmo. Temos valores também por aqui. Por que, por exemplo, poucas pessoas sabem do maravilhoso trabalho a favor das
artes prestado pelo Centro de Artes Veiga Vale, no Setor Universitário, que funciona lá no Centro Cultural Basileu Toledo França ? Pagando R$ 15,00 por semestre, os alunos cursam música, n instrumentos, artes plásticas, circo, tornando-se artistas maravilhosos. São 3 orquestras!

E tem até um Teatro-escola de bom tamanho onde dias atrás asssisti à prova final de regência de um jovem e charmoso maestro que comandou
orquestra e coro da casa! UM encanto! Mas ninguém sabe...

É iisso aí...Mande a lenha! A gente tem que ter dignidade. Aqui tem bons artistas, bons escritores, gente fazendo um trabalho tão bom quanto os
do eixo Rio-São Paulo. O preconceito existe, sim. E nem tudo que vem de fora é melhor que o nosso e vice-versa. Existem bons e maus artistas em todo lugar.

E mais: nós não temos só duplas caipiras, não.

Abração,

Sônia Marise

Adriano Curado disse...

Caro Luiz,

Parabéns pelo maravilhoso artigo no Diário da Manhã, Amor-próprio no lixo, que bem retrata a realidade cultural goiana na atualidade. Paparicar gente de fora virou uma triste rotina por aqui, como se ainda fôssemos os nativos que, estasiados, admiram os recém-chegados com poder de incendiar os rios. E a ironia é que, por aqui, têm pessoas com capacidade criativa igual ou superior aos “de fora”, mas que se calam à sobra do ostracismo.

É por este motivo que decidi publicar biografias no meu blog. O homenageado desta semana é o senador Luiz Gonzaga Jayme, umas das maiores inteligências da sua época, jurisconsulto que influenciou o pensamento jurídico brasileiro, grande sumidade que ajudou na elaboração do Código Penal, mas que pouquíssima gente conhece.

Endereço: http:// cidadedepirenopolis.blogspot.com

Abraços,

Adriano Curado

Janete Caetano disse...

Querido Poeta,

É delicioso, salutar, ler o que você escreve.
Tenho a audácia de colocar-me na posição de "co-autora" do texto onde vc expressa majestosamente
o que vai na minh'alma e de tantos outros leitores que se deleitam com o escrito.
Beijos, muitos beijos pra você.

Janete Caetano

Jo Sampaio Martins Lopes disse...

Adélia Prado agiu assim? Que toupeira! Assisti à palestra dela (muito pobre), vi por lá o G. Nascente, Adelice e muitos escritores de Goiás, isso na primeira bienal.Ela vende uma imagem de "simplicidade", de "matriarca da doçura".
Sua crônica acentua nosso "complexo de vira-lata". KKKKKKKKKKKKKKKKKK

Beijos

Marcquinhos Vieira de Brito disse...

Você tem toda razão, amigo de noitadas do Zero Bar, acho que esse pessoal não dá valor à nossa cultura, muito rica. Por isto a gente assiste incrédulo um estudante secundário, prestes a prestar vestibular, não ter lido uma obra como TROPAS E BOIADAS , de Hugo de Carvalho Ramos, e outros da mesma qualidade. Preferem coisas de fora, de qualidade duvidosa. Temos, sim, que valorizar tudo e todos que dizem respeito à nossa história cultural. Adorei e vou divulgar, para que outros leiam esta pura verdade.

Rô Torquato disse...

Parabéns, Luiz! Seu texto é uma belíssima manifestação de valor, respeito e amor ao que é nosso! Muito obrigada pela postagem! Abraço!

Rô Torquato disse...

Parabéns, Luiz! Seu texto é uma belíssima manifestação de valor, respeito e amor ao que é nosso! Muito obrigada pela postagem! Abraço!

Mara Narciso disse...

Desvalorizar os de dentro em detrimento dos de fora é a norma em todos os lugares. Aqui em Montes Claros, um reles DJ, se daqui, ninguém quer ir ver/ouvir, mas se for de BH, aí a coisa muda de figura. No Jornalismo, também é assim. Os jornalistas da Rede Globo são tratados como grandes estrelas. Os nativos babam em cima, pedem autógrafo e imploram para um retrato próximo a eles. Na Medicina não é diferente. Exames feito na roça são literalmente deprezados pelos médicos de Belo Horizonte, que torcem o nariz para tudo, mesmo que seja uma Ressonâbncia Nuclear Magnética de última geração, rasgam os laudos e repetem tudo. O "Complexo de vira-latas" mencionado por Nelson Rodrigues impregnou nosso rincão indelevelmente, em todas as latitudes.

Anônimo disse...

Um mestre da cultura popular de Goiás recebeu a mais alta Insignia Cultural do País e nenhum jornal notificou. Saiu nos jornais de " fora"

Sueli Soares disse...

Querido,

Li e reli seu artigo. Agora entendo motivo da sua dor no estômago. Acho que lhe fez algum bem se expressar dessa forma, pelo menos alivia a dor. Sensibilidade e coragem são duas das suas marcas que venho conhecendo desde o ano passado. Ainda vou descobrir outras. Os covardes que saiam da reta, porque você está passando. Parabéns.

José Liberato Ferreira Caboclo disse...

Luiz de Aquino,
A bossa-nova restringiu o Rio a Ipanema. O Cony à
Lagoa. Stanislaw consagrou a Boca-do-Mato, Nelson Rodrigues ,Vaz
Lobo, Machado o Engenho Novo (Don Casmurro),Lima Barreto, São
Cristovão (Policarpo Quaresma), etc. Os meus colegas cariocas morrem
de pena de eu morar em São José do Rio Preto, que tem um padrão médio
de medicina e de qualidade de vida, dezenas de vezes superior ao
decadente Rio de Janeiro. Vi o jogo e torci pelo Goiás feito um
louco. Agora, quem mandou o Goiás eliminar o Palmeiras? Quando Marcuse
disse, há quatro séculos, que o capital iria controlar as
artes, parecia um extremismo de esquerda. Perguntem ao Sílvio de Abreu qual o desenrolar da sua novela. Nem ele sabe. Depende do Ibope. Chacrinha continua comandando a massa e o povo quer é
bacalhau.
Suas crônicas estão ótimas.
Abs

Benevides de Almeida disse...

Prezado Aquino,
Tá reclamando de quê?
Se você tivesse convidado a Gretchen para uma entrevista ela viria num piscar de olhos.

Aí a nossa imprensa iria mobilizar repórteres, fotógrafos e cameramens (é assim que escreve)? com direito a link direto e tudo o mais ao que o trazeiro dela tem "direito", para uma cobertura histórica

Imagine, uma entrevista com a Gretchen, a primeira dama das gingas bundáceas(desculpe o neologismo). Você iria recepcionar correspondentes da grande mídia nacional que aportariam por aqui , como aconteceu com "as bodas do ano", em que só faltou vereador apresentar projeto instituindo feriado municipal no dia 15 de dezembro, o dia em que a Gretchen casou pela décima-quarta vez.

Como nossos jornalistas se emocionaram com esse casamento, você viu? Emoção maior que essa só se a nossa “ridicularizada” capital for indicada como sede da próxima Copa do Mundo, possibilidade ainda não descartada.

É mister (gostou da palavrinha) que generalizemos a situação.

A falta de senso do ridículo não é um atributo goiano. É uma característica nacional que tolhe qualquer ação de sentido evolutivo. Os faustões, os gugus, as hebes, as adrianes galisteus, as lucianas jimenez da vida construíram uma muralha que impede o avanço da cultura intelectual para propagar a cultura dos bumbuns rebolativos.
É a difusão cultural espalhada pelos requebros da mulher-melancia, mulher-morango, mulher-samambaia, mulher-pera e mulher-não sei o quê, que são hoje modelos de cultura que só conseguem escrever a letra “O” quando levantam seus bundões da areia.

É isso aí, meu amigo, As drogas não estão personificadas apenas nos malotes transportados pelos traficantes.
Elas estão impregnadas de forma sutil nos programas de televisão que desvirtuam a formação cultural de nossos jovens.

Só falta agora instituir-se o Prêmio Nobel da Mediocridade para os grandes “fenômenos” (Rita Cadilac, Bruna Surfistinha, Carla Perez, as duas Sheilas do Tchan, etc) criados nos laboratórios dos falsos valores da televisão brasileira.

É o exemplo dessa Gretchen, que “se acha”. Ela não tem culpa do seu talento não estar na cabeça. Culpados são esses imbecís mercenários que deificaram o trazeiro da “artista” que, credenciada como a “rainha do rebolado” hoje o acomoda o bumbum na maciez dos tronos paramentados pelo dinheiro dos otários que patrocinam suas reboladas. E qual o macho goiano que não entra em transe quando vê um voluptuoso traseiro requebrando? A Gretchen, é claro, vai se aproveitar dessas idiotices para faturar o máximo que puder. Nisto ela está certa. Dinheiro de trouxa é que abastece matula de malandro.
Este é o Brasil, companheiro. Aqui, a cabeça de cima estimula a cabeça de baixo neste contexto de pornografia moral que vive o País. Mede-se o prestígio da pessoa pelas dimensões das ancas e o “rebolation” dos quadris.

Di Magalhães disse...

Mais Respeito

Parabéns, grande poeta Luiz Aquino, pelo seu artigo “Amor-próprio no lixo”, você foi feliz em suas palavras, colocou muita maestria (poeta) de como somos tratados pelos donos da cultura brasileira (eles acham, né), realmente para os meios de comunicação Rio-São Paulo, imaginam o Brasil ser somente o pedaço de terra o qual eles pisam, e aí é que mora o perigo, mostra que eles entendem muito pouco de cultura, e de Brasil.
A cultura goiana, a hospitalidade de seu povo merece mais respeito. Quando ao jogo fo Goiás na Sul-americana, com certeza se fosse o Palmeiras a Globo estaria lá endeusando o time paulista, mas o Goiás honrou não só Goiás, mas o nosso querido Brasil, eue está alem das fronteiras paulistas-cariocas. Feliz Natal e um própero Ano-Novo ao povo goiano.
Di Magalhães, artista plástico, Curitiba, PR.
(Publicado no caderno Opinião Pública, do Diário da Manhã, em 16/12/2010)

Anônimo disse...

Caro luiz de Aquino,
quem sabe troca de favores para um certo Boi Tatá de Góias. O Futuro é quem diz.
com apreço
Eric

Danilo Verano disse...

Sem falar na música, querido Luiz.
Estamos em pé de igualdade com qualquer músico de qualquer parte do mundo, e no entanto, quando os "nacionais" aparecem aqui são tidos como os tais. Eu mesmo fiz um concerto na Igreja do Bonfim de Silvânia, tocando Villa-Lobos, e o Aldair Aires,saudoso amigo que produziu este show e me hospedou, providenciou entrevista na rádio, carro de som e até um churrasco com muita cerveja gelada. A própria Maria Eugênia,que já foi pra Portugal, Espanha etc. e tem música na novela enfrenta essas dificuldades. Precisamos criar mecanismos pra oferecer ao artista a condição ideal pra ele trabalhar, mas sei que esbarramos em muitas questões,culurais inclusive.
Esse assunto carece de um encontro com umas brejas, né, Luiz???

jjLeandro disse...

Esse artigo, trocando-se os nomes dos Estados (menos Rio e SP) cabe como talhado a molde em qualquer outra unidade da Federação. Num evento aqui no TO o Oscar do basquete proferiu palestra a 'peso de ouro' em Feira do Livro, o que ele tem a ver com isso? Os nativos escritores nem chamados a participar foram, quanto mais a palestrar. No final, não correspondeu, houve até vaias e o que ele mais proferiu foi "porra" e outras tais que tais.

jjLeandro