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domingo, abril 15, 2012

A volta da Filarmônica




A volta da  Filarmônica


Com a perspectiva de uma luz lá no fundo, o túnel cultural que empanou os últimos anos na esfera do governo começa a clarear. E isto se faz com a instalação da Orquestra Filarmônica no Gabinete de Gestão do Centro Cultural Oscar Niemeyer – espaço criado justamente para tal fim e que, na gestão anterior, foi deixado aos ratos e às baratas, exigindo, nos últimos 15 meses, obras de restauração do que sequer chegou a ser devidamente ocupado.

Tudo bem, nada de pedras no passado; as pedras são produto de (trans)formação geológica, isto é, a Natureza consumiu milênios paras dar-lhes forma. Usemo-nas na concepção do futuro, seguindo seu destino. O passado é algo de valioso quando o vislumbramos pelo que significa na formação do presente. E o presente, anunciado na noite de quinta-feira passada na Sala Dona Gercina (do Palácio das Esmeraldas), traz de volta o status que se deu à nossa Orquestra em 1987, na gestão áurea do governador Henrique Santillo – mestre e ídolo do governador Marconi Perillo. Daquele tempo, notáveis nestas memórias, as ações do secretário da Cultura, Kleber Adorno, e do maestro Joaquim Tomás Jaime marcaram-se pela excelência.

A Orquestra Filarmônica de Goiás recomeça com muita força e idealismo, com competência e otimismo. Sua coordenadora é a pianista Ana Elisa dos Santos; o maestro titular é Alessandro Borgomanero e a direção artística está a cargo do maestro Eliseu Ferreira – a quem coube reger o excelente elenco na noite de abertura desta temporada 2012. Esse programa implica a Série Grandes Solistas (dez eventos), Concertos para a Juventude (duas apresentações), Concertos de Câmara (quatro acontecimentos), Concertos Didáticos (dois concertos) e o Workshop Internacional de Regência (ocupará três dias de outubro). Vários palcos acolherão a OFG: o Teatro SESI, o Centro Cultural UFG, o CCON (Centro Cultural Oscar Niemeyer), o Teatro Escola Basileu França e a Igreja da Paróquia Rosa Mística.

Esta é a primeira vez que uma orquestra, em Goiás, tem um calendário de eventos, e assim deverá ser nas temporadas futuras. A coordenadora Ana Elisa informa que, em breve, também o interior do Estado será tomado, aos poucos, pelas apresentações da Filarmônica. A mostra de abertura foi aberta ao público e a Sala Dona Gercina ficou literalmente tomada por um público interessado que, desde a primeira peça apresentada, empolgou-se com o resultado. O ponto alto, porém, foi o arranjo especial para a canção Saudade Brejeira, composição de 1979 dos artistas goianos José Eduardo Morais e Nasr Chaul (que se emocionou com a surpresa).

Entre os políticos presentes, manifestaram-se o senador Ciro Miranda – que tem buscado recursos para fortalecer os projetos culturais do Estado e demonstra carinho especial para com a Orquestra – e o secretário-chefe da Casa Civil, Vilmar Rocha.

* * *

Escrevo rápido, como quem repassa ao público leitor a notícia; foi assim por longos anos, nos inesquecíveis tempos de eu-repórter. Como se vê, o passado é algo de lindo, imutável, histórico; tentar fugir dele, ou negá-lo, é negar a História. Não existe essa hipótese! Muitos tentaram mudar a História por narrativas enganosas e até mesmo com “atos legais” (não riam! Tenho uma pequena coleção de coisas assim). Mas o que já aconteceu é História e se as versões mostram contradições, a junção dos dados reflete em realidade.

Vai daí, encerro com um rasgo de alegria e esperança: pouco a pouco, e com as ações de cada um de nós, consolidamos os tons e as cores culturais deste Planalto, deste Cerrado de goianos e adventícios. E havendo governo favorável, a gente constrói. E até vai um pouco além, tentando corrigir ou demover o que se fez de errado, reprocessando os entulhos.

* * *

7 comentários:

Mara Narciso disse...

Em todos os quadrantes pode-se criar condições para o aprimoramento dos gostos, com amplos ganhos culturais. Fico feliz em ver esses avanços do centro-oeste através do resgate de um passado recente. Não fica nada a dever aos grandes centros, embora no litoral pode-se pensar que não há vida inteligente no nosso sertão de cerrado, aqui no norte de Minas e em Goiás.

Jason Elias disse...

Luiz,

simples assim; mais pela arte em Goiás! Quem está pela arte, eu apoio.

Abço

Ana Cárita, poetisa disse...

Muito bem, Luiz de Aquino.
Espero que o Governador repita
o apoio à cultura que houve no seu
primeiro governo.


Aninha

Anônimo disse...

Caro Sr. Luiz de Aquino,
Nós estudantes do Colégio Estadual Mauro Borges Teixeira, aluno de Língua Portuguesa, da profesora Allyne Pimenta.
Começamos a estudar a sua vida e obra, desde já Agradeçemos!

ASS: Joice Alves, e Hygor Martins.

Anônimo disse...

Caro Sr. Luiz de Aquino,
Nós estudantes do Colégio Estadual Mauro Borges Teixeira, aluno de Língua Portuguesa, da profesora Allyne Pimenta.
Começamos a estudar a sua vida e obra, desde já Agradeçemos!

ASS: Joice Alves, e Hygor Martins.

Anônimo disse...

Caro Sr. Luiz de Aquino,
Nós estudantes do Colégio Estadual Mauro Borges Teixeira, aluno de Língua Portuguesa, da profesora Allyne Pimenta.
Começamos a estudar a sua vida e obra, desde já Agradeçemos!

ASS: Joice Alves, e Hygor Martins.

Anônimo disse...

Caro sr.Luiz de Aquino,
Nós,estudantes do Colégio mauro borges Teixeira,alunos de Lingua Portuguesa,da professora Allyne Pimenta,começamos a estudar a sua vida e obra.
desde já agradecemos.



Ass:Wãnia Fernanda e Vitor Pimentel