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quarta-feira, junho 12, 2013

Hugo(*): Experiência aprovada

Foto: Ass. Imprensa do HUGO


Hugo(*): Experiência aprovada



O Estado de Goiás renovou contrato com o Gerir – Instituto de Gestão em Saúde. A organização social, nos últimos doze meses, revolucionou o sistema de atendimento no nosso maior hospital de urgências, o Hugo. O ato é um marco: significa o reconhecimento do poder público à eficácia da gestão terceirizada, modelo que, para o bem dos usuários do equipamento de serviço público –o de saúde em especial – há de se estender, passo a passo, a toda a rede estadual.

Essa experiência precisa ser avaliada e seguida, também, pelo sistema municipal, em Goiânia e nas maiores cidades de Goiás. Afinal, os municípios são os terminais preferenciais da gestão da saúde pública; grande parte dos municípios (e não são apenas os de menor população) tem como equipamento de saúde um discreto posto para atendimento imediato de pequenas ocorrências e... uma ou duas ambulâncias que, em fim, são seu instrumento principal.

Argumentação contrária existe, mas tem o contraponto maciço da satisfação dos usuários. Recentemente, um deputado oposicionista teceu severas críticas à ação das OS (detalhe: abreviaturas não recebem S para indicar plural; abreviaturas são abreviaturas). Essa visão é facilmente contestável por números e fatos. Ficam, tais contestações, no mesmo nível do torcedor que vê um pênalti em cada queda do atacante, mas o juiz e a torcida contrária viram uma jogada normal. A diferença é, indiscutivelmente, que no caso da saúde os resultados são notórios e indiscutíveis.

Vejamos: ainda que contestando seriamente a prática de terceirização de rodovias, fartamente aplicada pelo governo de São Paulo há mais de vinte anos e adotada no âmbito federal nos governos de Fernando Henrique, Lula a praticou também, adaptando-a a moldes de época e da filosofia dos trabalhistas; e a presidente Dilma Rousseff estende-a a aeroportos – o tempo demonstrará que a gestão privada é mais ágil e eficaz, de fato.

No tocante à saúde, o governo da Bahia, com o petista reeleito Jacques Wagner, também adotou a gestão terceirizada em contratos com organizações sociais – e os resultados também são altamente positivos. Portanto, acertam também aqui o governador Marconi Perillo e o secretário Antônio Faleiros, da Saúde.

Aqui em Goiás, o Hugo e o Hospital Alberto Rassi (o HGG, ou Hospital Geral de Goiânia) foram avaliados, recentemente, pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa – ambos mereceram aprovação pelos deputados, que conheceram as novidades realizadas e em andamento, além dos números positivos das avaliações estatísticas.

Avaliar sem paixão partidária é o caminho; ou com honestidade, apenas. Porque censurar uma medida que dá certo aqui só porque o governo não é do PT ou do PMDB é ignorância – e certamente os resultados petistas nessa prática, de iguais motivos para se comemorar, não podem ser relegados.

Em suma, se terceirizar com as OS é o caminho na saúde, e terceirizar aeroportos e rodovias, além de estádios de futebol, também se mostram como atos de respostas imediatas – e boas – há que se pensar na consolidação desse novo modelo.

Espero que o mesmo se dê na Educação. Não bastassem os baixos salários, a falta de condições mínimas de trabalho (como equipamentos e segurança para estudantes, funcionários e professores) incomoda e desmerece o sistema.

É, sim, hora de se ter coragem e iniciativa. Porque o velho discurso da contestação carece de novos argumentos.


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(*) Hugo – Hospital de Urgências de Goiânia.

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