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segunda-feira, janeiro 15, 2007

Bailarina



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Corpo no ar, esguio e sólido
ciente de tudo o que lhe é de direito
e suave.

Corpo cuidado e saudável, ornado de vestes.
Base de concretas e delicadas
sapatilhas.

Cabeça dotada,
isenta de dores e trauma,
apta ao domínio do espaço.

Ágil, leva o corpo ao ritmo
e às magias da trilha melódica
e faz das artes casamento
íntegro, impecável, perfeito!

Por momentos eternos
o baile acontece,
e tudo em volta se envolve
de encanto e leveza.

Os dias, as horas,
tudo o que vem depois e como foi antes,
volta à rotina, conduz a menina à dor do real.
É preciso sobreviver.

Mas para viver, há que ser arte!




(Do livro "Sarau" - Edição do Autor, Goiânia, 2003)

16 comentários:

Anônimo disse...

Poeta, sem comentários, a não ser: "Que lindo!Coisas assim, tão completas, tão perfeitas, nascem para serem sempre maior do que quer que possamos pensar sobre elas!

Deolinda disse...

Luiz,
Para viver, há que ser arte!

Anônimo disse...

Aquino:
Parabéns pelo seu aguçado olhar poético que consegue acompanhar também os passos suaves de bailarinas, suas emoções. O bailar das palavras em poesia é também uma arte!

Guido Heleno

Anônimo disse...

Amigo, como todos os outros, simplesmente maravilhoso !! Obrigada por dividir seus lindos poemas.
Beijinhos

Anônimo disse...

Gostei da ilustração.Quando há imagem, ela às vezes fala por si.
O poema é muito bonito.
Continue ilustrando seus poemas, suas visitas triplicarão.
Vai lá em casa, vai...rs. sabe ainda meus endereços?
então tá.

Anônimo disse...

Pra viver, há de ser arte!
Lindo!

Anônimo disse...

Dançar sobre a lama sem afundar... Adorei seu poema-mensagem, ainda também com uma bela imagem. Seremos então todos dançarinos em vez de eernos viajantes? Beijos.

Anônimo disse...

Luiz
Em "Bailarina",
uma vida dividida entre o sonho, a dedicação à arte, auto-realização através da dança e a dura realidade do sobreviver, onde a dor e a frieza do real violentam a existência de alguém para quem o significado da vida é a própria arte.
Suave, terno e encantador quanto o mais sutil movimento de uma bailarina.
Beijos!

Luiz Alberto Machado disse...

Parabens Aquinamigo, excelente este seu espaço. Estarei indicando nas minhas páginas. Aguarde.
Abração
www.luizalbertomachado.com.br

Anônimo disse...

Luiz, parabéns,é lindo, é arte,
emoção, doçura e sensibilidade com
a dança sentida, visualizada e retratada com o seu talento primoroso no uso que faz das
palavras.Sem ilustração já seria
divino, com ilustraçao ficou mágico
e faz com que dancemos o balé da vida.
Dancemos poeta, você é perfeito e o
poema idem, pois não deixa dúvidas:
Tem a cara do paieta, rsrsrsrs!!
Poeta pai.
Beijo.
Lêida Gomes

Anônimo disse...

Caro poeta Luiz de Aquino,"Para viver, há que ser arte"?Verdade poeta! Seu poema é um verdadeiro espetáculo,é belíssimo e nos conduz
a uma dança imaginada ou sonhada.
Leva-nos também a refexionarmos sobre a arte de viver, ahhh...e como
precisamos ser verdadeiros artistas para conduzirmos nossas vidas há um porto mais ou menos seguro.Precisamos do equilibrio de uma bailarina; e você poeta, bailou
divinamente com as palavras e mostrou que é conhecedor, com riqueza nos versos do poema, como é de fato uma bailarina.
Poeta, Madalena Barranco disse
que agora você nos transformou de eternos viajantes em dançarinos.Concordo com ela quando diz que somos todos bailarinos, mas continuamos eternos viajantes "dessa metamorfosi ambulante"...Ei! " Eu sou a mosca que caiu na sua sopa"...hun...poeta,
bailando desse jeito...por favor, caso você vá na casa de Fátima Paraguassú dê uma passadinha na minha casa também, rs,rs,rs,rs,rs!!

Parabéns, bom domingo.
Beijo,
Ana Guerreiro Carvalho.

Anônimo disse...

Luiz,

Bravo!!!
Balé de palavras, amostra poética da vida aos seus olhos.
Lindo !!!!
Necessário para todos nós, contar com sua mestria com o casamento das palavras e sensibilidade. Senti-me bem ao ler " Bailarina ".
Você é sempre muito feliz em tudo que escreve.
Forte abraço.

Luiz de Aquino disse...

O comentário acima é de Eloísa Galvão (Rio)

Unknown disse...

Luiz,

passei por aqui,
e maravilhada fiquei!
Tua verve é sublime.

beijos poéticos

Anônimo disse...

Madalena Barranco disse...

A dança da vida em "Bailarina", de Luiz de Aquino, meu querido amigo, o "Sol" em poesia de sua autoria, Selmo, que ilumina seu blog e dá a luz a todas as outras 100 poesias... Ficou lindo! Muito prazer em conhecê-lo, Selmo! Adorei a indicação de seu blog pelo Luiz de Aquino. Abraços.

17 de Junho de 2007 08:52 (Comentário posto por Madalena na 1ªAntologia de Selmo Vasconcelos, que selecionou o meu "Bailarina". L.deA.)

Unknown disse...

Pois é ... palavras para se dançar dança para se escrever!!! sublime