Aí
vem mais um livro meu. Um livrinho sem pretensões, como são todos os da minha
lavra. Desta vez, volto-me para “o meu quintal”, isto é, para a intimidade dos
meus mais próximos: enfoco meu avô Luiz de Aquino Alves; meu pai, Israel de
Aquino Alves; e o amigo José Pinto Neto, parceiro de meu pai desde 1940 e meu
também, desde o começo dos anos 70 daquele século em que nascemos. Essa parceria,
ceifou-a um câncer que o levou de vez aos 69 anos (carnaval de 1991).
O
nome é “Concerto de boêmios”, e este é um título muito feliz. E se os
reverencio nessa obra é porque os três influíram muito nos meandros da minha
personalidade, iluminando-me nas letras com o vigor de suas músicas. Com eles
descobri a poesia nas canções e o gostar das rodas de violões, mas enfatizo com
galhardia o ambiente das serenatas e das incontáveis tocatas.
Esse
lado musical e lúdico, essa verve das artes, plantou-se em mim pela prática
dedicada à leitura – um hábito marcante em minha mãe – e na rotina dos saraus
musicais e das serenatas, marcos indeléveis em meu avô e meu pai. As serenatas,
se eventuais em Caldas Novas, em Pirenópolis eram rotina. Vem daí, pois, a
justificativa para o lançamento na terra das cavalhadas e dos mascarados do
Divino.
Sendo
assim, marcamos para a noite de sexta-feira passada, dia 23 de agosto, no
Teatro de Pirenópolis, o lançamento desse livro que é, apenas, a minha
homenagem aos três boêmios da minha fôrma: Luiz de Aquino Alves, o velho
maestro da Banda Fênix, seresteiro desde os sete anos, até a despedida da
matéria, na idade de 78 anos; Israel de Aquino Alves, o meu Véi Raé; e
Zé-Pinto, parceiro inesquecível.
São
eles, pois, as marcas originais da boemia (sem acento) e da vocação às
letras.
E
volto ao tema “casas de letras” (crônica minha de 28/07/13) e centralizo
atenções na Academia Aparecidense de Letras (de Aparecida de Goiânia, para onde
fui levado por indicação e convite do poeta Almáquio Bastos). A Academia, agora
presidida por Renato Rodrigues, começa a firmar-se na comunidade local. Há duas
semanas, o grupo de escritores (eu no meio) visitou o ex-prefeito Freud de
Mello, a quem agradeceu por ofertar, sem ônus, uma ampla sala de seu edifício,
no centro da cidade, para reuniões e eventos da entidade; esta semana, o
prefeito Maguito Vilela recebeu o presidente e alguns acadêmicos, que
expuseram-lhe os propósitos da Academia e as carência comuns a instituições
culturais. Resultado: o prefeito comprometeu-se em oferecer à Academia um
imóvel, no centro histórico de Aparecida, para abrigar a entidade.
Diretoria
e membros da AAL regozijam-se com a receptividade das autoridades, após dez
anos de muita luta. Que os próximos passos sejam igualmente venturosos e que,
em breve, se possa inaugurar a sede. A cidade cresce a olhos vistos e precisa
ampliar seu equipamento cultural. Se o poder público ajuda, os escribas
continuam atuando.
* * *
4 comentários:
Parabéns meu amigo
muito sucesso e que a felicidade esteja presente sempre.
Um abraço cheio de ternura e paz.
Ridamar
Parabéns primo, fico muito feliz por mais esse filho seu e por mais essa etapa alcançada em sua luta, beijos, com Deus
Parabéns primo, fico muito feliz por mais esse filho seu e por mais essa etapa alcançada em sua luta, beijos, com Deus.
Parabéns, sucesso e boas vendas. Reverenciar quem nos guiou é um ótimo motivo para ser feliz.
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