Por educadores
na Educação
Eis que experimentamos estes
primeiros dias de um novo ano, ainda a dizer Feliz Ano-Novo às pessoas e a
fortalecer as esperanças. Estendemos o Natal, o Ano-Novo e a paciência até o
Carnaval para, então, começar a atuar em 2015. Afinal, esperávamos começar 2014
após o Carnaval, mas havia a Copa do Mundo; levamos de 7 a 1 e tivemos de
engolir os últimos jogos.
Quando pensávamos poder
começar o ano, o que de fato começou foi o período das campanhas eleitorais.
Somente em novembro começamos o ano (de dois meses), com notícias tristes e
alarmantes da política e da Economia. E então chegamos às posses de presidente
e governadores com a tradicional renovação das esperanças.
Economia em crise. Educação
sob franca suspeita. Segurança a exigir movimento e providências em âmbito
nacional. Saúde sob muita atenção, com a máquina pública incapaz de atender as
demandas, mas concentrando em si a esperança dos que já notaram que o
aparelhamento privado não consegue, também atender ao fluxo cada vez maior (e
caro! Impraticável para quem precisar de tratamentos especiais), o que exige altos
investimentos.
Segurança é que nem fome –
não pode esperar. O mesmo se dá com a Saúde. Mas o berço das soluções reside na
Educação, o estágio inevitável para que a sociedade do futuro alcance melhor
qualidade dos profissionais de todas as áreas, tornando-a mais digna e
legítima.
Os empenhos nacionais pelo
respeito e valorização de alguns profissionais conduziram-nos a salários altos – magistrados, procuradores, boa
gama dos policiais civis e outros mais. Tal não se deu com os professores e uma
avaliação dos valores pagos, agora e nos passado, informam-nos: naquele tempo
em que o custo das famílias reduziam-se quase que somente à comida e vestuário,
os professores andavam de terno e gravata e bem alimentavam a família; mas era
só! Hoje...
Bem: no tempo (vivo
repetindo isso, mas não me canso) em que a Pasta – em níveis federal e
estaduais – chamava-se “da Educação e Saúde”, cabia somente aos médicos a
titularidade do ministério e das secretarias. Após a divisão (1953), os médicos
ficaram com a Saúde e para a Educação nomeava-se qualquer profissional –
afinal, todos passaram por escolas, como alunos. Ora: a predominar tal
raciocínio, qualquer pessoa com um grande volume de horas de voo, ainda que
como turista, poderá ser ocupante do Comando da Aeronáutica, não é? Vai nessa!
Mas a presidente Dilma, em
seu discurso de posse, declarou que o lema deste segundo governo é “Brasil,
Pátria educadora”(a maiúscula em Pátria é por minha conta). Que seja! Este é um
sonho que me persegue desde os meus primeiros anos escolares. Mas preocupa-me
que seu ministro da Educação, o engenheiro civil Cid Gomes, entenda que
professor ensina pelo prazer e não pelo salário. Essa é uma realidade
constatada, Sr. Ministro! Mas há que se remunerar dignamente os mestres, sim!
Ou o Sr., se fosse líder no Judiciário, diria o mesmo aos juízes e lhes
reduziria os ganhos de contra-cheque, hem?
Feliz 2015, Brasil! (Não
falei de Goiás por falta de espaço, mas não me faltará ocasião. Nem
inspiração).
* * *
3 comentários:
Excelente crônica, querido! Gostei muito, mas não tenho nenhuma esperança nesse governo. Esse discurso da presidente é nojento, porque é falso. Beijos pra vc! Saudade!
Enfim, novamente na pauta esse tripé doloroso para o povo brasileiro, Educação, Saúde e Segurança. Os políticos gostam de levantar essa bandeira e com isso mais uma vez o povão sai perdendo, ano após ano. Cargos políticos são massa de manobras, e nessa Ministros que nada têm haver com a pasta que administram, e por aí... vai da valsa. Onde deveria haver funcionários de carreira, apenas oportunistas.
Meu poeta, pena não dar pra fazer poesia com esses temas, seria bom... e em um toque de palavras resolveríamos tudo, mas não devemos abandonar a luta, é bater sempre nessa tecla,:ano novo, assunto velho, mas nunca perder a esperança, que dias melhores virão.
O Carnaval vem aí... engraçado isso, como o povo brasileiro se adequa tão bem a essa nova palavra... resiliência (palavra usada muito nos dias atuais). Então, mais doze meses para nos enchermos de esperança de um futuro melhor para essa grandiosa Nação.
Um belo rasante sobre nossos grandes problemas e memória recente dolorosa. Também acredito que a educação tem de ser a prioridade. Quem é educado consegue ter saúde e trabalho, o que indiretamente afeta a segurança.
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