segunda-feira, julho 17, 2006
À moça de ontem
Ela se foi e ficou
um gesto e a promessa
de hoje, às quatro e tal.
Ficou um silêncio
de triste
e ficou esperança.
A moça de ontem
olhou-me por dentro
e de dentro.
Que mãos de cândida
e voz de cantiga!
É anja, a moça!
Vestia rendas de alva.
Nos olhos brilhava mel
e me beijava.
A moça de ontem se foi
e era linda.
Quanto tempo, moça!
Luiz de Aquino
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22 comentários:
Lindo...!
Maravilhoso!
Ao ler era como se ouvisse voce recitando ao meu lado e me fitando os olhos...
adoro voce poeta!
bjos
"À moça de ontem"
Luiz, nem é preciso dizer que você
é ótimo poeta,e que a cada dia que
passa,a cada poesia que escreve vo-
cê fica ainda melhor...Que bela poesia!!! Ela é tão meiga e doce que me fez esquecer a Carminha, personagem principal de seu conto
"À espera"...Ahhhh Carminha,me perdoe, mudei de idéia, não quero mais ser você, hoje, o que eu go-
taria mesmo, era ser "À moça de ontem".Ahhhh Carminha...Hoje eu daria tudo para saber quem é essa
"moça de ontem que se foi"...hun Carminha...Com quem será, que essa
moça " foi e ficou"?Hunnnnnnnn....
Não Carminha, curiosidade mata....
O que importa é que: A poesia é lú-
dica? Não sei...Só sei que é bela.
Mas...Carminha, que ninguém nos ou-
ça!!!!!! Bem que o poeta poderia...
Nos explicar o segundo, e o terceiro terceto...Que nada! Deixa
assim mesmo!
Parabéns? Sim poeta Luiz de Aqui-
no!! Parabéns, e obrigada por você
transformar a vida, e os dias de seu leitores em poesias!!!!!!!!!!!
Beijo,
Lêida França
QUE POEMA DOCE!
LINDO, LEVE E SENSUAL!
ADOREI!
Hummmm ... Delicioso esse poema! Me fez lembrar de seus olhos me fitando com desejo , da sua boca ávida por beijos e de suas mãos percorrendo meu corpo !
Adoramos você poeta!
Queridos leitores, queiram, sempre, por favor, assinar seus comentários. Por exemplo, não sei que lábios eu desejava e que corpo eu acariciava...
Obrigado,
Luiz de Aquino
Bravooooooooo poeta Luiz de Aquino!
Essa sua coragem e franqueza somadas ao seu talento, é que te torna grande!
Grande aos olhos de seus fãs e leitores!
Beijo.
Ana Guerreiro Carvalho
Em "À MOÇA DE ONTEM" o eu poético sugere reflexão intrínseca,... "olhou-me por dentro e de dentro"... quanto ao nosso modo de vida, nossa maneira de agirmos no dia-a-dia, muitas das vezes tomamos atitudes sem medirmos as conseguências posteriores, ...."Ela se foi/era linda/ficou um gesto/..." Para muitos, é tarde, só vai perceber "...às quatro e tal..."Só ficou saudades "...nos olhos brilhavam mel/e me beijava..."
porém para muitos ainda há tempo"ficou esperança..."
Luiz, que as linhas permaneçam, fazendo da pauta luz para o poema.
Meu abraço.
Luiz, esqueci de assinar!
Weder Soares
Recebi do meu amigo Herondes Cezar, crítico e escritor:
Caríssimo Luiz,
Li seu novo poema, e nem preciso dizer que gostei. Porém... É, desta vez tem um porém. E antecipo minhas desculpas pela observação, que, não fosse minha franqueza goiana (e de amigo sincero), não seria necessária. É o seguinte, dois pontos. No meu modesto entendimento, o clima romântico do poema não permitiria essa brincadeirinha com a feminilização da palavra "anjo". Como você sabe melhor do que eu, "anjo" não tem feminino. E chamar uma jovem de "anja" só pode ser com intuito humorístico. Dito isto, o autor é soberano na sua criação.
Grande abraço
Herondes
Grande abraço
Herondes
E respondi:
Discordo, amigo Herondes.
Não tem conotação humorística, não, e sim uma liberdade poética para lisonjear a fêmea companheira. Sinto, nessa liberdade aqui (ab)usada, algo mais legítimo do que o odiento "Todas e todos" que o discurso petista-acadêmico vem de nos impor, a título de conceder à mulher uma "dignidade" discutível.
Abraços, agradecido,
Luiz de Aquino
Luiz, adorei o poema, me senti a "menina de ontem".
Abraço.
hahaha... isso significa que tem culpa no cartório. E um amor em cada esquina!
Ora, outra pessoa que esqueceu de assinar...
Um amor em cada esquina? Dependendo do tamanho do prédio da esquina, posso ter mais de um amor aí, uai!
Quando alguém olha de “seu dentro” até o “dentro do outro”, haverá sempre esperança. É a linguagem das almas. Lindo, todo o poema!
Querido poeta, ai, também queria ser a moça de ontem, viu? Lindo, lindo poema.
Ah! E discordo do crítico que exige obediência cega à gramática no que diz respeito à "anja", mas discordo de você também no que se refere ao uso de todos e todas, pelo PT. Acho que a reverência que você busca fazer à fêmea é exatamente a mesma que o PT tenta.
Beijinhos e muita saudade daquela que te vê de dentro sem nunca tê-lo visto. Cláudia, de Ouro Preto.
Querido Luiz, tomei a liberdade de colocar ` A moca de Ontem` em meu blog.. Grande poeta , voce e um astro brilhante no Universo da poesia..
um beijo
Martha!
Por favor, ponha aqui o endereço de seu bloque, querida!
Luiz, meu brilhante astro da poesia,
voce vem , com a destreza de sempre, e com experiencia que tem , mostrar ao Universo como uma mulher deve ser amada.
Feliz daquela que TEVE ou TEM o seu amor!!!ummmmmmmmmmmm
http//:americana1944brazil.spaces.msn.com/caminho do desconhecido
Luiz, sei que não gosta, mas é lindo, além de traduzir leve e doce nostalgia do encontro de dois anjos que conseguiram "se tocar" de forma inesquecível.
Beijos
Luiz de Aquino,
muito gostoso ler seus poemas em blogs e com comentários.E esse ,meu poeta,tem um quê de divino.Só você pra misturar o erótico e o divino com suavidade e delícia.
Beijo,saudades.
Adélia
Dizer que é LINDO é pouco, mas meu vocabulário é limitado e não tenho palavras bonitas para dizer o que senti com seu poema. "olhou-me por dentro e de dentro" me remeteu ao passado, de uma sensação que senti uma unica vez na vida. E "nos olhos brilhava mel e me beijava", ah, que vontade de beijar!
NOSSA!
Meu querido "poetinha", estive por aqui passeando e lendo os seus doces versos.Que maravilha de poema, me deu até vontade de ser "a moça de ontem".
Tenho sido inspirada por uma tristeza e descobri que ainda faço versos como quem respira.O poema é a parte boa de tudo isso.
Bjos doces!
Ruth Carolina
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