O balanço da Saúde
O que se propunha a ser uma reunião para divulgar o balanço de atividades de três anos de trabalho, na terça feira passada (10 de dezembro), tornou-se, inevitavelmente, uma festa de congraçamento e de regozijo ante o anúncio ou a divulgação de fatos e dados, como números de atendimentos e valores aplicados.
Refiro-me à reunião convocada pelo secretário da Saúde do Estado, o médico Antônio Faleiros, que pôde reativar planos e projetos de um quarto de século atrás (quando foi secretário de Saúde no governo de Henrique Santillo, 1987/90). O evento contou com a presença do governador Marconi Perillo, que enalteceu os trabalhos de seu auxiliar e destacou-o como profissional e político, recordando o voto decisivo do então deputado federal que, em 1990, evitou que o PSDB apoiasse o governo Fernando Collor.
O enfoque político justifica-se: Faleiros deve deixar o cargo no final deste mês para candidatar-se à Câmara Federal. O governador manifestou-se disposto a, em comum acordo com o secretário, escolher seu sucessor em condições tais que permitam a continuidade dos projetos ora em andamento. E, em seguida, Marconi dirigiu-se aos funcionários (cerca de mil pessoas) da Saúde, comprometendo-se a “não concluir este governo sem ter aprovado o plano de cargos e salários” ora em estudos, em bases seguras e compatíveis com as possibilidades financeiras do Estado”.
A gestão atual de Antônio Faleiros repetiu a qualidade que, há cerca de 25 anos, ele imprimiu à Pasta; naquele tempo, dentre outros grandes feitos, ele instituiu e pôs a funcionar o Hospital de Urgências, HUGO 1 (Hospital de Urgências Dr. Valdomiro Cruz) ) e os hospitais regionais. Agora, constrói o novo hospital de urgências na região noroeste de Goiânia, o HUGO 2 (Hospital de Urgências Otávio Lage de Siqueira). As outras unidades são os HUGO de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Região Sudoeste (Santa Helena) e os que estão em construção – Uruaçu, Santo Antonio do Descoberto e Águas Lindas.
Vem aí, também, e já está em bom estágio de formação, o complexo de Consórcios de Saúde, congregando municípios regionalmente, de modo a reduzir quilometragens e tempo de percurso para o atendimento de média e alta complexidade. Nesse esforço, tem-se a importante instituição dos Ambulatórios Médicos de Especialidades – AME. Trata-se de uma iniciativa já experimentada e aprovada em outras unidades federativas, com excelentes resultados em qualidade e custos.
Também nestes três anos, com ótimos resultados, realizou-se o Plano de Fortalecimento, beneficiando 22 unidades de saúde em 18 municípios, com serviços de média e alta complexidade em níveis regionais, descentralizando a assistência e interiorizando as ações da Secretaria.
Reativação e ampliação de leitos de UTI, investimentos de alta monta para a compra de medicamentos nas áreas de oncologia e queimados (cirurgias reconstrutoras), hemofilia e medicamentos de alto custo; apoio a instituições específicas como Vila São Cotolengo, hospitais filantrópicos e outras áreas estratégicas são itens de realce na prestação de contas do Secretário, que destacou também os avanços expressivos, em 2013, na área de transplantes.
Finalizando: a Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa atingiu, este ano, um valor superior a 88,5 milhões de reais em compras e atingiu, pela primeira vez, 100% do estoque abastecido. A CMAC atende 98.656 pacientes cadastrados (26.189 receberam medicamentos nos meses de agosto a outubro de 2013).
O relatório é muito, muito maior. Destaquei o que entendi como maiores evidências. A esperança, ao menos em mim, é a mudança radical do cenário de congestionamentos nos corredores das unidades de saúde em Goiás.
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Um comentário:
A dificuldade em ser dignamente atendido do ponto de vusta de consultas exames e internação é um mal que afeta boa parte da população em todo o território nacional, sendo uma chaga e um mal crônico de má gestão. Que possa haver melhoras, pelo menos em seu estado. As queixas são permanentes por aqui, embora veja com olhos animados as boas intenções dos gestores de saúde, muitos deles meus conhecidos.
Obrigada pelo compartilhamento da sua percepção, Luiz. Há sempre mais a aprender sobre saúde.
Ótima tarde!
Abraço, Mara
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