A Saúde e a
omissão intencional
De 1930 até 1953, o governo
federal atuou com um Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. E foi
o próprio Getúlio Vargas (novamente presidente) quem decidiu separar a Pasta,
criando o Ministério da Saúde. Um ministério que açambarcava “os negócios da
Educação e da Saúde Pública” baseou-se na consciência de que a Saúde será
sempre melhor à medida que um trabalho educativo a acompanhe.
O conceito moderno de Saúde
ocupa-se de uma imensa lista de bens públicos e ações que visam a aprimorar os
resultados. E a Educação é, inegavelmente, item de elevado valor não só na
formação de profissionais, mas na conscientização das pessoas quanto às
prevenções de doenças e acidentes.
A Educação implica, em seu
conceito e sua prática, a informação, a comunicação. Aqui, estreitam-se os
laços entre educadores e comunicadores, e o empenho de profissionais envolvidos
nesses dois itens na execução de suas profissões na esfera da Saúde é altamente
meritório – mas conclui-se quase que ineficaz por conta da baixa qualidade do
aproveitamento da clientela nas redes de ensino.
Consideremos, ainda, que
parte da mídia não dá a cobertura devida aos fatos e informes do Sistema de
Saúde – talvez por receio de beneficiar o ente governamental.
Há poucos dias, o instituto
de pesquisas SERPES, de Goiânia, divulgou uma entrevista em que se viu algo
preocupante: a população de Goiás atribui nota 3,3 (ou 33% de aprovação) para a
Saúde Pública, numa escala de 0 a 10. O secretário de Estado da Saúde, Halim
Girade, questionou os números e evocou outra pesquisa, pelo mesmo instituto em
que mais de 90% dos usuários (pacientes e familiares) dos hospitais públicos
estaduais de Goiás mostravam-se altamente satisfeitos, especialmente sob a
gestão inteligente, isto é, a administração dessas unidades por organizações
sociais sem fins lucrativos.
Os resultados são a economia
notória (pela redução das procedimentos burocráticos ), mais dedicação no
aprimoramento dos profissionais, humanização do atendimento e racionalização na
gerência de compras e adequação de suprimentos (de medicamentos a equipamentos
sofisticados).
Ora: quem conhece o sistema
mostra-se satisfeito, com aprovação superior a 90%; mas a opinião “das ruas”,
como esclareceu, respondendo ao secretário Halim Girade a diretoria do SERPES,
esta não sabe de qualquer melhoria no sistema.
A isso, associe-se a
resistência das prefeituras em modernizar a gestão da Saúde, o que, em muitos
casos, impede ou dificulta a agilização do atendimento, mantendo longas filas
de espera nos CAIS. Para a “opinião das ruas”, a Saúde Pública é uma só e o
cidadão comum, sobre quem a comunicação social não atua por falta de hábito da
leitura (de jornais e revistas) e de acompanhar noticiários, o quadro é o mesmo
que a mídia nacional noticia.
Em Goiás, a realidade já é
outra: a modernização dos Hospitais de Urgência; a idealização e a construção
de novas unidades hospitalares pelo interior (a rede HUGO – Hospitais de
Urgências de Goiás – contará, em breve, com pelo menos nove hospitais), a
implantação dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) reduzirão
sensivelmente a “ambulancioterapia”, com grande parte dos casos que demandam à
capital sejam solucionados em suas próprias regiões.
Infelizmente, o
esclarecimento do Sr. Antônio Lorenzo Martinez não foi bem aceito por
candidatos oposicionistas, que preferem omitir essas informações e continuar
manipulando as massas menos informadas – e, naturalmente, menos escolarizadas.
Assim fica fácil...
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