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quinta-feira, junho 03, 2021

Convite ao cio

 

Convite ao cio


Brincava de olhar,
de rir, de tocar.
Brincava de amar
mas brincava de sexo
(sem querer, eu acho).

 

Tinha um cheiro, a menina;
um cheiro maneiro
feito pele morena, quente
e de pelos.

 

Era algo rápido
a sacudir o sangue
e me erguia o falo pulsante, 
pensante (evidente) na concha molhada 
e quente, também; e convidativa.


                  Ah, mulher! Dá pra mim, vai!


*   *   *










Poeta Luiz de Aquino

5 comentários:

Macário Paiva Neto disse...

Salve o nosso Bocage do cerrado!👏👏👏👏
Sem demérito, claro!

Samuel disse...

É preciso coragem para despir-se de pudores provincianos e versar no ponto G do inato de toda a criação sedutora e reprodutora de vida, de sentimentos. Parabéns poeta!
(Este livro precisa voltar às prateleiras das livrarias!)

Antonio C. Neto disse...

Adorei... me excitei....e, sim, vc fez um milagre. Chorei e ri com o último verso. É lindo. É sagaz. É poesia. Parabéns, poeta!

Adriano Curado disse...

Quente, apimentado e ousado - está aí minha impressão do belo poema.

Sônia Elizabeth disse...

Sempre o erotismo.