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quarta-feira, agosto 09, 2006

Vôo raso


Pele alva rósea,

apenas a renda moldura
o vértice, virilha e vulva.


De perto e alto, voleio

e vôo, vejo picos carmim
de mínimos montes.

Horizonte, a norte: olhos tênues

a encimar os lábios − estreita nesga,
convida o falo.

É perto, quase a toco.

Cheira a almíscar e doce,
moça mansa no ébano lençol.

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu gostei muito do poema.

Anônimo disse...

Karaleo, Luiz. Teu poema é uma canção erótica muito bem construída. Muito bom. Ritmo de foda, penetrante, pulsante...Realmente, você está para Wando, na mesma proporção que eu estou para Odair José. kkkkk
A musa eleita pelos teus versos que saiba beber a seiva do poema e, certamente, do poeta. Muito bom, Luiz! Poema de comer gente. Se eu me chamasse Laurieta, eu dava pra tu! hahahahaha...
Lu

Anônimo disse...

Luiz, um belo poema, como sempre.
Bjs, Corina.

Anônimo disse...

Valéria, uma opinião desbocada e descontraída como essa, eu somente daria no blog de um grande amigo. Luiz é esse grande amigo, de muitos anos já, de muitas palavras... um poeta e um cidadão exemplar que eu admiro e estimo muito.

Anônimo disse...

É...nesse dia tu estavas inspirado ... tem até amigo querendo dar pra ti! Um bjo de saudade.
Adélia Maria

Anônimo disse...

Li-o como se estivesse assistindo a um filme. Cada verso nos traz imagens que vão sendo ampliadas, como se fossem mostradas através de uma filmadora. Ela vai se afastando e abrindo o quadro. Simultâneamente, as imagens vão estimulando os nossos sentidos.
É uma delícia sermos guiados por essa sua lente.
Você daria um ótimo diretor de cinema, sabia?.
Um grande beijo, poeta.