O poeta Menotti Del Picchia, motivador desta data-homenagem. |
Ao poetariado nacional (*)
Neste Dia
Nacional do Poeta, data inspirada nos saraus do inesquecível Menotti Del
Picchia, evoco os anjos protetores, os capetinhas provocadores, os sacis e as fadas,
as musas, as ninfas e, enfim, os seres do imaginário inexplicável, e também a
fantasia que alimenta o poetariado, como os seres que nos despertam para o
amor, a admiração e a devoção grata e súdita!
Conclamo o
encanto dos astros que nos mostra a Noite, as cores da Natureza que nos revela
o Sol, os aromas das flores e das folhas, o canto mágico das águas e das aves,
as vozes dos animais e a energia prisioneira da mulher amada – ah, esses
motivos eternos e indispensáveis!
Desdobramo-nos,
nós poetas, em infindáveis leituras dos livros e do espaço. Memorizamos o
passado acreditando que o transformaremos para o futuro. Mesclamos de magia e
encanto o pensamento e damos à Língua o traje solene dos instantes de gala,
vestimos a prosa de poesia e de forma para fazê-la poema. Não raro, pedimos
auxílio à Música – talvez a mais encantadora das inspirações que nos legaram as
Musas – e proteção ao Luar para gestar serenata!
E quando
imaginamos o futuro, queremos os livros para esticar-nos para além do suspiro
final desta vida. E tudo o que herdamos dos encantos dos irmãos poetas, estes
de agora e aqueles de ontem, resumimos nos versos que, um a um enfeixa o poema
que compõe o livro que não podemos custear.
E tal como a
Lua, magistral e protetora, descobrimos os mecenas que nos abrem portais do
possível, e nos vemos vestidos de elegante capa em miolo de papel sincero. E
aos mecenas nossos de agora – Helenir Queiroz, Rildo Rosa Gomes e Luciano Lacerda (Totvs) – ofereço a gratidão do meu peito, em
uníssona récita dos vates companheiros, rendendo-lhes preitos de obrigados-nós
pela acolhida, pelo patrocínio, pela paciência e tolerância, pois, sabemos
todos, não é fácil acolher um poeta (e, aqui, somos muitos!),
Beijo
meu de alma e lealdade a todos os poetas do Brasil de agora, do Brasil de ontem
e dos séculos de antes! Beijo meu aos mecenas deste nosso momento!
Luiz
de Aquino
Poeta, sim!
Poeta, sim!
***
(*) Poetariado - palavra cunhada pelo poeta Brasigóis Felício e logo adotada por mim.
5 comentários:
Belas palavras! Belíssima homenagem!
Você com suas poesias torna a vida realmente uma poesia. Parabéns pelo dia do poeta, e pela linda homenagem!
Perfeito como sempre, amigo poeta. Beijos e abraços aqui do sul.
Essa crônica,meu caro confrade Luiz De Aquino Alves Neto, é para vencer o tempo. Parabéns e grande abraço!
Luiz de Aquino, parabéns pelo belo e inspirado texto!
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