Dilma sempre ininteligível - segundo Jorge Braga e a quase totalidade dos brasileiros. |
Vento
no estoque, vaca no brejo!
Eu e muitos
dentre meus amigos temos um gravíssimo defeito – o de remover da lista de
“amigos” pessoas que tiveram a sublime oportunidade de estudar e formar-se em
universidades e exercem a língua – falando ou escrevendo – em um nível tão
rasteiro que jamais seriam aprovadas num Exame de Admissão ao ginásio – as
provas de Português, Matemática, Geografia e História que eram aplicadas a
alunos de 11 anos, antes que os militares o eliminassem e confirmassem o
caminho da falência do ensino.
Sim, queridos
jovens leitores, o ensino no Brasil faliu de vez! Essa falência começou quando
da Lei de Diretrizes e Bases que se instituiu em 1961 e foi posta em prática em
1962. O símbolo evocado pelos que viveram aqueles anos – este poeta se inclui –
é a extinção do ensino de Latim no Ginásio. Ora: estudava-se a língua-tronco
nos quatro anos de Ginásio e nos três de Clássico, para os pretendiam estudar
as ciências humanas na universidade. Os que preferiam as ciências médicas e as
exatas, cursando o Científico, teriam um ano mais de Latim.
Só para ilustrar
– os países de línguas anglo-saxônicas ainda ministram o Latim – mas o Brasil,
não... Nós não precisamos disso – deve ter pensado o idealizador disso, Darci
Ribeiro – já nascemos condenados a uma qualidade duvidosa.
Dilma Rousseff,
nossa presidente, não passou pelo Latim no Ginásio. Ou não forçaria a barra
para ser chamada de presidenta. Mas, dir-me-ão os simpatizantes petistas e
alguns letrados vinculados não só ao partido da estrela, mas aos movimentos
feministas, “é certo, é direito” e até existe uma Lei. Sim, uma lei dos tempos
de JK (ninguém é perfeito) que, para fazer média com o belo sexo (uai! Nós,
homens, somos feios?), legislou que mulher no cargo de Presidente da República
devia ser tratada por presidenta.
Aí está uma lei
que eu não cumpro. Aliás, são muitas as que deixamos de cumprir, mas essa eu
descumpro por escolha. E ainda bem que o caso só se aplica à presidente da
República, não sendo cabíveis a presidentes de conselhos, clubes, associações,
uniões ou academias. E não me venham com analogias e “por extensão”!
Ora! Não
bastasse saudar a mandioca, evocar a “mulher sapiens”, discorre sobre a volta
do “dentifrício para a pasta”, vê um cachorro em cada criança, não sabe o
gentílico de Roraima etc. e tal, ela agora quer estocar ventos. Jorge Braga,
cartunista e irreverente (existe cartunista que não o seja?) disse que estocar
ventos não é novidade, e disse já existir o “pei...” Desculpe, Jorge, vou
trocar a palavra para uma menos “dilmiana”: “Pum engarrafado”.
Em suma, essas
teses discursadas por Dilma Rousseff em plena sessão de abertura dos trabalhos
da ONU, ou seja, essa fala para o mundo habilita-a um inexistente Prêmio Nobel da Estupidez, da
Incoerência e da Falta de Discernimento. Ou um Prêmio Grammy de Quem Devia Ter
Ficado Calada.
Volto ao que
disse no primeiro parágrafo – aquilo de remover da lista pessoas graduadas que
violentam nossa Língua. Trata-se de uma medida que adoto para com os que
deveriam saber, mas nada sabem. As pessoas simples, sem escolaridade e sem
rompantes e poses, estas eu mantenho comigo, pois mesmo praticando um português
popular e simples, têm muito o que ensinar. Com estes, pratico a troca e temos
sido felizes assim.
Os humoristas e críticos não precisam queimar pestanas para ironizá-la - ela facilita as coias. |
Mas se a pessoa é presidente da República (em tempos passados, o cargo seria escrito com P maiúsculo; avacalharam tanto o cargo que o jeito é fazê-lo em minúscula), tem que falar direito. E, principalmente, jamais falar de improviso. E, mais grave ainda, precisa saber escolher seus redatores (conheço alguns semialfabetizados posando de redatores oficiais). E, sobretudo, respeitar o povo que a elegeu, bem como os que lhe foram opositores.
Mas dá para
esperar isso de uma economista que jogou a economia nesse estágio? Ah, sim!...
Se ela sequer aprendeu português e não consegue desenvolver um raciocínio
lógico, aí a vaca fica mesmo no brejo!
***
Luiz de Aquino é jornalista e escritor,
membro da Academia Goiana de Letras.
4 comentários:
Clap clap clap.
Posso resumir minhas considerações numa única exclamação: "Magnífica!"
Querido Luiz De Aquino Alves Neto venho parabeniza-lo pelo artigo no DM
Vento no estoque, vaca no brejo!
"Sim queridos jovens leitores, o ensino no Brasil faliu de vez!"
De todo caso querido amigo “o empobrecimento do país está explícito” e a Dilma, coitada, aparece para dizer barbaridades e de vez em quando na vil expectativa de baixar a poeira fala alguma frase pronta como “estamos em uma travessia” etc e tal , e, ao tentar publicamente reagir a esse desalento generalizado ganha mais um troféu do "prêmio Nobel da estupidez e incoerência" ao saudar a MANDIOCA!
Resumindo, o seu artigo de fato foi preciso e certeiro! ADOREI !
Querido poeta Luiz de Aquino,
Como sempre, sua crônica do último domingo foi ótima e atual. Quanto à Dilma, essa enigmática personagem que, semelhante ao histriônico Jânio Quadros e suas vassouradas, esta com suas pedaladas de má fé, queiram ou não já é parte da História do Brasil! Gostaria de poder viver para saber como será vista pelas gerações que virão. É tragicômica essa criatura sem auto-crítica que se transformou em chacota naviomal
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