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domingo, março 14, 2021

Nós, Poetas!

Ao nosso Poetariado!

        Hoje, 14 de março, aniversário de Castro Alves, era o Dia Nacional da Poesia, até que, por lei, transmudou-se para 31 de outubro, aniversário de Carlos Drummond de Andrade. Eu continuo festejando este Dia Nacional da Poesia, sem prejuízo da outra data que, Deus me permitindo, comemorarei também, até os meus últimos dias.
        Assim, escolhi este poema e, com ele, abraço todo o Poetariado Nacional Brasileiro. L.deA.


Arte de Pádua, 1983

 

Nós, Poetas!

 

Repositórios de insultos
e estímulos, ou de que mais apelidem
clamores de ouvintes,
de poetas,
de leitores.
Adormecemos em nós imagens novas,
palavras velhas,
excitações momentâneas, pedras
de se edificar o tempo
até porque o tempo
semente de suaves copas,
frondes grávidas de ternas sombras.

Somos seiva de fartas florestas,
pastos de estelares insetos,
fontes de dessendentar noctívagos.

Poetas somos alma eterna
e corpo vívido de encantar sereias,
domar demônios,
amansar angélicos fantasmas
de nossas não menos etéreas
fantasias do quotidiano.

(Talvez desvios das certezas falsas,
de condutas ditas certas.
Apesar dos dias).

* * *

Poeta Luiz de Aquino

 

7 comentários:

Zanilda Freitas disse...

Excelente! As fantasias do cotidiano do poeta serão sempre a de se superar a cada poema. Parabéns!

Adriano Curado disse...

Excepcional o poema de hoje porque traz em seu belo texto uma homenagem a todos os poetas. Parabéns pela sua belíssima arte, Luiz.

Antonio C. Neto disse...

Condutas ditas certas, talvez feitas erradas, cheias de sombras e defeitos. Eis a poesia, a mágica que consegue encantar a vida mesmo com suas marcas e horrores.

Unknown disse...

Muito lindo amei

Adélia Freitas disse...

Dificilmente, encontramos num só poema, efeitos estilísticos tão bem empregados como os que se tem em NÓS POETAS. Você, realmente, é um encantador de versos.

Luiz Augusto da Paz disse...

A alma do poeta é livre, soberana. Caminha sem entraves. Não conhece trancas. Domina coisas e espíritos. Ousa e atreve.

Sônia Elizabeth disse...

Salve a poesia!