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domingo, dezembro 20, 2015

João Marcello, cantor e jornalista, guia internacional de turismo. Agora, Cidadão Goianiense - legalmente!

Discurso do jornalista, profissional de turismo e, principalmente, musicista (instrumentista, cantos e compositor) João Marcello (que os colunistas sociais dizem "nascido Marcelo da Silva Alves), em 16/11/2015, ao receber o título de Cidadão Honorário, em sessão solene na Câmara Municipal de Goiânia:


João Marcello - jornalista, profissional de turismo internacional e cantor talentoso, compositor espontâneo, mineiro de BH, goianiense por escolha e, agora, por Decreto Legistlativo!


Uma coisa é o palco, um banquinho e um violão – e uma plateia às vezes atenta, às vezes dispersiva que procuro conquistar com o repertório bem selecionado, o tom ideal e o acerto dos acordes.

Ou um grupo de turistas ávidos por saberem tudo de todos os lugares por onde arrastamos as nossas malas, mundo afora.

Ou ainda na missão de levar a Palavra de Deus ao coração das pessoas...

Outra coisa é estar neste púlpito – que, num ambiente político, chamamos de tribuna – tendo por ouvintes atentos amigos queridos e parentes leais.

(Eu discutia este introito com o Luiz de Aquino quando fiquei em dúvida entre púlpito, tribuna e parlatório... Foi quando a Mary Anne indagou se não seria um cadafalso – aquele palco muito usado na França das guilhotinas e por estas américas colonizadas e que, convenhamos, anda fazendo muito falta em Brasília!).



Boa noite, Vereadora Célia Valadão, você que começou a fazer esta festa há alguns meses, quando inventou de me dar o prazer de ser goianiense de direito – pois, de fato, eu já o era desde os meus primeiros passos por aqui.

Boa noite vereador presidente, amigo querido Anselmo Pereira! Minha saudação cordial a todos os membros desta casa pelo carinho da unanimidade a mim proporcionado.

 Boa noite, gente amiga – gente de casa (a minha casa), gente das suas casas que me toleram, gente dos bares e das tocatas, dos ambientes escolares (não é mesmo, queridos companheiros de Jornalismo na ALFA?) e profissionais da propaganda, do trade turístico, das caminhadas da Fé – ocasiões do aprendizado em Cristo e dos cânticos que, para nós, músicos gospel, são orações que elevam a alma aos pés de Deus.

Boa noite aos ausentes, aqueles que, no dizer do fabuloso Rolando Boldrin, viajaram antes do combinado. Ausentes, mas fortemente presentes no meu coração goianiense:
- Magda Santos
- Nivaldo Silva
- Anete Teixeira
- Paulo Fernando Pinheiro Rabelo
- Nelson Sanches (nosso querido Napa), irmanado ao nosso saudoso Geraldo Amaral 
- Wilson Vieira dos Santos
- Leleco (que marcou presença na imprensa e nesta Casa)
- Júlio Vilela
- Julson Henrique
- Pitico
- Os pianistas Assis e Luiz Carlos
- Os cantores Josaphat Nascimento (primeiro seresteiro de Goiânia), Marco Colheirinhas, Vanda, Boi do Roque



Além destes, muitos foram os profissionais da imprensa que me deram acolhida nesta querida cidade – meus parceiros Luiz de Aquino e Hamilton Carneiro, Jaime Câmara Junior, Maurício e Fátima Roriz, Rachel Azeredo, Paulo Beringhs, José Guilherme Schwan, Fábio Roriz, Cesinha Canedo, Reynaldo e Ana Cláudia Rocha, Peninha, Arthur Rezende Filho, Ciça Carvello, Carlos Brandão, Ulisses Aesse, Ivone Silva, Ana Manuela Fiadeiro, Britz Lopes, Luiz Carlos de Morais Rodrigues, Sueli Arantes, Elizete Araújo, Wassil Oliveira, Marcelo Heleno, Nelsimar Moraes, Jorge Cajuru, Amauri Garcia, Alípio Nogueira, Jackson Abrão, Neila Valadares, Handerson Pancieri, Malu Longo...
- e a saudosa Maria José! Dentre tantos mais, momentaneamente não lembrados, mas igualmente queridos e importantes.

Eu poderia começar arrolando as razões da minha paixão por esta cidade. Começaria pela sua topografia – o alto da Serrinha, do Mendanha e do Morro do Além, antes visíveis de todos os pontos deste sítio escolhido por Pedro Ludovico (e compreendo bem as razões de tal escolha).

Eu passearia pelas margens dos incontáveis caudais, desde o modesto Caveirinha (hoje, limite do meu quintal) até o imponente Meia Ponte, ao qual rendem águas o Cascavel, o Anicuns, o Botafogo, o Capim-Puba do Lago das Rosas e outros tantos de cortes sinuosos na pele verde das campinas e suas flores,

Não é difícil entender a inspiração de Atílio Correia Lima, o poeta das linhas que definem esta Capital como dona de um dos mais belos traçados urbanísticos, de sugestão da escola francesa dos anos vinte daquele nosso século – aquele “século passado” que Cora Coralina dava como o tal em que nascemos! (Hoje, somos nós que trazemos conosco todas as idades).

Honra se faça também ao mineiro Armando Augusto de Godoy. Atílio, filho de Paris e formado sob a arte e as técnicas francesas, traçou as ruas e, com isso, também os nossos destinos; esse mérito, divide-o com o Armando de Godoy continuou, implantando aqui o aconchego das cidades-jardins inglesas.

Goiânia da modernidade, da inovação, do rompimento com as tradições da antiga capital (sem nenhum demérito), do traçado elegante, do segundo maior acervo art-déco do mundo (rendida apenas por South Miami Beach, nos EUA), dos telhadinhos ideológicos das telhas francesas (que goteiravam horrores nos tempos de chuvas fartas), dos muitos parques, da exuberância de suas áreas verdes, dos bares, da boa MPG...

Viver este dia é passear no passado... Digo isso porque não me faço goianiense agora – este status eu o tenho desde que, literalmente, despenquei nesta terra!

(Verbalizações de improviso: 
 - Caminhão despencando na chegada;
 - Tempo em Ceres; 
 - Tempo na França - Clipe de FUI PRO MUNDO; 
 - Tempo em São Paulo).


  
E, quase finalizando, evoco os versos de Jorge Versilo: “Não se ofenda com meus amores de antes. Todos tornaram-se pontes para que eu chegasse a você!”. Viver noutras terras foi a escolaridade da vida para que eu me amasiasse a Goiânia!

Quero nessa oportunidade, dividir esse título com tantos amigos que, como eu, não nasceram aqui, mas que adotaram essa terra como sua, terra essa em que um dia, todos foram, de certa forma, “imigrantes” em busca de fazer a história acontecer.

Como profissional de turismo, tornei-me viandante, ainda que pelos ares, na rapidez deste nosso tempo. Em todas as minhas partidas, delicio-me com as viagens, apaixono-me pelas terras visitadas – mas nada é mais fascinante, emocional e feliz do que a volta. Lá do alto, pela minúscula janela do avião, encanta-me de olhar e sentir a ternura sagrada do traçado “atiliano” – que é para mim, sem qualquer dúvida, o santo manto de Nossa Senhora Aparecida!

Muito obrigado!

Um comentário:

Mara Narciso disse...

Bom conhecer parte dos grandes nomes de Goiânia e um pouquinho da sua história.