Ano-Novo feliz! (*)
Luiz de Aquino
Percorri, com paciência, meus escritos em prosa nos últimos trinta meses. Trinta? Sim, nada de cabalístico, apenas o período em que passei a publicar um “blog” e que soma, para minha alegria, mais de quarenta e duas mil visitas.
Reli minha mensagem de Ano-Novo ao final de 2006 e entendi que devia repeti-la, sem perda do sentimento de amor e esperança de que nos imbuímos a cada mudança no calendário. Meu amigo Nilson Gomes dirá que estou publicando coisas já publicadas, cobrando-me novidades. Respondo-lhe, e aos que concordarem com ele, que os músicos sempre repetem, em seus xous, as composições que fizeram sucesso.
Não sou tão pretensioso... Vou repetir aquela crônica porque gosto dela, ainda que não esteja nas paradas, e com ela mando um beijo de alma a todos os que gastam tempo lendo meus escritos. O tema era o sete, mas nossa imaginação há de criar desenhos mágicos com o nove...
* * *
Um Ano-Novo é novo até que o jornal do primeiro dia fique
velho. E isto acontece poucas horas após o despertar do
sujeito, em ressaca ou não. Mas um Ano-Novo é um marco
de recomeço, de renovação instintiva do Ser Homem, fêmea
ou macho, ainda que o ano não nos traga
um número de referencial.
Como este, por exemplo.
As luzes e os estouros vários
e fogos ao céu, em escuro de fundo,
sugerem: em dez segundos, seremos nós
a contar na ordem inversa. É como se de tudo
se fizesse o novo e novos rumos e portas ressurgem.
Não é nova a década que vem.
Nem o ano é novo de todo, porque
adiamos decisões, acertos, e faltam-nos
coisas muitas: rever pessoa amada, recomeçar
os planos e trazer de ontem apenas a cor da saudade.
É novo o ano, e chega a ser referencial de fé: nove é
bom de cabala. Que nos lê sorte, sem mistério.
Mas dois mil e sete.. Mas não é, sequer,
simétrico, como o é dois mil e dois.
Não é, mesmo, espelhado.
Mas há certa mente capaz de bom desenho, a fazer,
do sete, um dois invertido. Aos zeros, no meio,
dá-se de certo o que é inverso aos iguais e,
aí, sim, um visual grato aos olhares
faria do Ano (Novo) bonito.
...Que lhe deseja
este Aquino, Luiz
Luiz de Aquino é escritor e jornalista, membro da Academia Goiana de Letras. E-mail: poetaluizdeaquino@gmail,com
9 comentários:
Bela mensagem,tão poética quanto foi na época publicada, números são apenas detalhes,o que disse é o que importa.Ano novo,fica sempre velho ao amanhecer.Ao analisarmos que os problemas continuam os mesmos a espera de solução.
Perfeita!Beijos
Que o blog amplie mais e mais o número de leitores. O escritor só acontece se alguém ler o que escreveu. Assim, considere-se lido.
Uma vez, no momento da virada do ano, o meu filho, então com uns 8 anos, começou a chorar. Era pelo ano velho que acabava. Milagrosamente temos a capacidade de enxergar uma estrada nova, com o ano que se inicia, mal termina o outro ano. E você soube mostrar isso muito bem. Mesmo com um jeitinho requentado, a crônica está bonita.
Não gasto tempo lendo seus escritos,na verdade, aproveito todo o tempo que tenho apreciando suas lindas palavras.
Beijo.
Abadia Lúcia
Então, Luiz de Aquino, só posso desejar muitas letras, acentos, palavras,idéias novas, paciência com os críticos, e que eu possa estar sempre entre seus frequentadores, usufruindo do direito `a boas coisas, como seu Pena & poesia.
Vc não imagina como me sinto feliz ao entrar no meu mundo, aqui no Canadá,e poder interagir com pessoas lindas!
Obrigada por tudo, por suas crônicas,por sua amizade, e suas poesias, que tocam minha sensibilidade!
Feliz 2009!
Bom dia, poeta!
Sua crônica de hoje, ainda nos lembrando que o Ano é Novo, me inspirou a sugestão de um Feliz OLHAR novo,
que pode, realmente, fazer a diferença nos próximos 12 meses de nossas vidas.
parabéns pelo texto, Feliz Ano NOVE.
UM abraço,
Sônia Marise
Através da minha cunhada e professora Jaires “IRINHA”
eu obtive o link para seu blog e gostei muito dos seus
escritos e te convido a uma visita no meu blog
APENAS POEMAS = http://euronog.blogspot.com
Luiz de Aquino: notável, poeta, boêmio, intelectual, escritor, ah, já virou redundância!!!!!!!!
Quanto à violência, saudade dos bons tempos do Buteko, onde íamos e voltávamos a pé, pelas ruas do Setor Oeste, sem medo de nada.
Para ficar apenas na saudade!!!!
Um abraço
Paulo Rolim
americorolim@terra.com.br
Luiz de Aquino: notável, poeta, boêmio, intelectual, escritor, ah, já virou redundância!!!!!!!!
Quanto à violência, saudade dos bons tempos do Buteko, onde íamos e voltávamos a pé, pelas ruas do Setor Oeste, sem medo de nada.
Para ficar apenas na saudade!!!!
Um abraço
Paulo Rolim
americorolim@terra.com.br
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