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sexta-feira, agosto 21, 2020

Encontro, talvez

 

Encontro, talvez

Luiz de Aquino

 


                    Olhos entrões, 

                    bisbilhoteiros, esses seus
                    (feito os meus).


                    Buscaram meu olhar
                    (que te esperava) ,
                    acenderam rojões.


                    Tomei-te as mãos,
                    vieram fáceis
                    e ágeis (muito ágeis).


                    Propus silêncio,
                    ganhei afagos;
                    fechei a porta.


                    Apago a luz.
                    Fica em festa o tato,
                    sabor e olfato.


                    Lábios e língua,
                    dedos e pele;

                                e os ouvidos
                                de ouvir delícias!


* * * * * * * * *

Luiz de Aquino, da Academia Goiana de Letras
 

10 comentários:

Unknown disse...

Seus versos expressam fatos tão reais,que se acredita estar vivenciando ato por ato. A sagacidade do autor vê isso e ele materializa a fantasia.

Lígia Ríspoli D´Agostini disse...

Lindo!!!

Maria Helena Chein disse...

Maria Helena Chein disse...

Poema traçado nos rumos da sedução, com o fio da navalha -a que não corta- fazendo escorrer doçuras que não dão sossego. Lindo e forte!

adeliafreitas disse...

Belíssimo poema! Parabéns, poeta!

Fernanda disse...

Sutilmente escandaloso é lindo!

Unknown disse...

Sua poesia surge como a ante-sala de momentos a dois, sensuais, libidinosos e românticos. Lindo.

Flavia Rosaflor disse...

Poema maravilhoso como tudo que você escreve.
Flavia

Natalicia Nascimento disse...

Como sei o que expressa neste poema

Unknown disse...

Lindíssima!!Parabéns,sensualidade com cautela que só os enamorados decifram,atraves do olhat.Sentidos:paladar,toquese ofato e sosuro,que o silêncio e testemunhas

Bete Jufer disse...

Muito belo poema.