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sexta-feira, fevereiro 05, 2021

Cancioneiro

Cancioneiro

  

A letra A não tem meu nome,
Raul. Sou de virgem
Penso sons, faço imagens.

 

É que me valho de imagens alheias
forjadas no pó
do passado fenício.

A letra, Chico, eu tiro de gol:
só sei chutar quando escrevo. 
Ou falo.

 

Falo... Falo? Ou cérebro. 
Dizem de mim 
que não penso: “Mente”.

 

(Conservatória, RJ, 28/04/07)

* * *

Luiz de Aquino, poeta. Da Academia Goiana de Letras.

 


3 comentários:

Gugu disse...

Vagar em sonhos... o poeta se liberta ou se aprisiona. Eis a questão.

Sônia Elizabeth disse...

Coisas da poesia.

Samuel disse...

Nosso querido poeta Luiz de Aquino versa fácil com outros tantos memoráveis trovadores do nosso Brasil.